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Porto Alegre, domingo, 22 de abril de 2018.

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Not�cia da edi��o impressa de 23/04/2018. Alterada em 20/04 �s 19h21min

Oito em cada 10 brasileiros n�o organizam sua aposentadoria

SOBRE APOSENTADORIA COMPLEMENTAR, PENDURANDO AS CHUTEIRAS.

NA FOTO: CHUTEIRAS PENDURADAS

SOBRE APOSENTADORIA COMPLEMENTAR, PENDURANDO AS CHUTEIRAS. NA FOTO: CHUTEIRAS PENDURADAS


/ANTONIO PAZ/ARQUIVO/JC
O Brasil está envelhecendo rapidamente. Em anos recentes, a população de idosos está ganhando participação cada vez mais significativa em relação aos mais jovens. Embora a expectativa de vida tenha aumentado nas últimas décadas, a grande maioria dos brasileiros não se planeja, no presente, para garantir sua tranquilidade financeira quando for preciso ou desejar parar de trabalhar. A pesquisa O Preparo para Aposentadoria no Brasil, realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) indica que oito em cada 10 brasileiros (78%) admitem que não estão se preparando para a hora de se aposentar, enquanto apenas 19% dos não aposentados têm se preparado, percentual que aumenta para 25% entre os homens, 26% entre os mais velhos e 30% nas classes A e B.
A estimativa levantada pelo SPC Brasil é de que cerca de 104,7 milhões de adultos acima de 18 anos ainda não aposentados não se preparam para esta fase da vida. "Entre 2005 e 2015, de acordo com o IBGE, a fatia de pessoas com idade entre zero e 14 anos decresceu de 26,5% para 21,0% do total de habitantes do País; no mesmo período, o percentual daqueles com mais de 60 anos passou de 9,8% para 14,3%. Estima-se que a parcela dos mais velhos possa dobrar nos próximos 24 anos", avalia o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.
Entre os principais motivos que levaram a se planejar para a aposentadoria estão o hábito de planejar a vida a longo prazo (35%) e o exemplo de pessoas que não se prepararam e por isso tiveram problemas financeiros após a aposentadoria (29%). Entre os que não se preparam para a aposentadoria, 47% afirmam que não sobra dinheiro no orçamento e 22%, que estão desempregados. Outros 19% já começaram a guardar dinheiro com esse objetivo, porém não conseguiram continuar devido a problemas financeiros, e 15% têm outros planos e prioridades.
Entre os que começaram a se preparar, mas pararam de guardar dinheiro, os principais motivos foram problemas financeiros (36%), desemprego (35%) e imprevistos pessoais e/ou familiares (29%). Entre esses entrevistados, 22% ainda têm o dinheiro, enquanto 77% já não têm mais - o dinheiro foi utilizado, principalmente, para pagamento de dívidas (52%), tratamento de saúde (17%) e compras (13%). A maioria dos que pararam de guardar dinheiro para a aposentadoria pretende voltar (92%), no entanto, 52% ainda não tem uma data definida para isso.
Para parte dos entrevistados que têm outros planos que não englobam reserva para aposentadoria, 56% priorizam a compra da casa própria; 44%, os estudos; e 27%, a compra de um carro. Dos entrevistados, 77% possuem meta de guardar dinheiro para a aposentadoria. A média do valor reservado é de R$ 371,00. A pesquisa identificou os meios mais comuns para se preparar para a aposentadoria. São eles aplicação em poupança (39%), INSS pago pela empresa (30%) e INSS pago por conta própria (23%).
Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, não é nada promissor o fato de que milhões de brasileiros estejam envelhecendo sem planejar o futuro ou pensar em como irão manter-se. "Estamos vivendo um período de transição, e, mesmo com a reforma da Previdência parada no Congresso, no momento, é muito provável que as regras sejam alteradas em um futuro próximo, já que o sistema previdenciário, hoje, corre o risco de entrar em colapso em pouco tempo. Em qualquer cenário, depender apenas do INSS não é recomendável. O ideal é pensar em uma combinação entre a Previdência pública, que é vitalícia, e uma preparação por conta própria, que comece cedo e seja constante ao longo dos anos", alerta Marcela.
Entre os que se preparam para a aposentadoria, 87% afirmam possuir o hábito de fazer reserva financeira para outras finalidades além da aposentadoria, sendo que 49% têm dinheiro guardado para imprevistos e 29%, para fazer viagens.
Sete em cada 10 entrevistados afirmam ter uma meta de guardar dinheiro para a aposentadoria. Entre eles, 91% estão conseguindo manter essa meta de reservar uma quantia todo mês. Já entre os que poupam dinheiro para aposentadoria de forma ativa, 69% guardam dinheiro mensalmente; 18%, a cada dois ou três meses; e 5%, aproximadamente, três vezes ao ano - 6% não têm frequência certa. Em média, o valor reservado, independentemente da frequência de reserva, é de R$ 371,38. Atualmente, o valor médio total aplicado e destinado à aposentadoria é de R$ 20.726,76.
Segundo o educador financeiro do SPC Brasil e do portal Meu Bolso Feliz, José Vignoli, a regularidade é um fator fundamental na formação da reserva para a aposentadoria: "Independentemente do valor que a pessoa pode guardar, o efeito dessa ação será notado no longo prazo, e somente a constância permitirá que a pessoa consiga juntar um valor significativo. A reserva financeira, então, precisa ser planejada e ter um hábito mensal. O importante é definir um valor, fazer as contas e ver se a quantia economizada será suficiente para atingir o valor da aposentadoria pretendido pela pessoa no futuro".
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