Em entrevista ao programa de Roberto D'Ávila na Globonews, que foi ao ar na noite de ontem, o ministro Edson Fachin, relator dos processos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), disse que sua família vem sofrendo ameaças. Ele pediu providências à ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, e à Polícia Federal (PF).
"Uma das preocupações que tenho não é só com julgamento, mas também com a segurança de membros da minha família", disse o ministro. "Tenho tratado desse tema e de ameaças que têm sido dirigidas a membros da minha família."
Fachin, que substituiu o ministro Teori Zavascki, morto em janeiro de 2017 em acidente aéreo em Parati, na relatoria dos processos da Lava Jato no STF, disse ainda ter solicitado "algumas providências" à presidente do STF e à PF "por intermédio da delegada que trabalha aqui no tribunal".
"Nem todos os instrumentos foram agilizados, mas eu efetivamente ando preocupado com isso, e esperando que não troquemos fechadura de uma porta já arrombada também nesse tema", disse.
Gravado na tarde de ontem, em Brasília, o programa, com meia hora de duração, abordará outros temas, incluindo o habeas corpus preventivo apresentado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), cujo exame foi rejeitado por Fachin, que votou pelo "não conhecimento" do habeas corpus.