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Política

- Publicada em 19 de Março de 2018 às 19:10

Parada Livre seguirá sem apoio de verbas públicas

Sem recurso público, organizadores buscaram parcerias em 2017

Sem recurso público, organizadores buscaram parcerias em 2017


/EDERSON NUNES/CMPA/JC
Diego Nuñez
A Câmara Municipal de Porto Alegre decidiu manter o veto da prefeitura à emenda número 101 da Lei Orçamentária do município em 2018. A emenda, de autoria do vereador Roberto Robaina (PSOL), previa a destinação de R$ 60 mil para a realização da Parada Livre, evento que acontece há mais de duas décadas na cidade em defesa da causa Lésbica, Gay, Bissexual ou Transgênera (LGBT).
A Câmara Municipal de Porto Alegre decidiu manter o veto da prefeitura à emenda número 101 da Lei Orçamentária do município em 2018. A emenda, de autoria do vereador Roberto Robaina (PSOL), previa a destinação de R$ 60 mil para a realização da Parada Livre, evento que acontece há mais de duas décadas na cidade em defesa da causa Lésbica, Gay, Bissexual ou Transgênera (LGBT).
O ano de 2017 foi o primeiro em que a Parada Livre não recebeu o apoio de verbas públicas, e foi realizada a partir de parcerias com bares, lojas, produtoras, casas noturnas e até pela venda de bótons customizados em apoio à causa.
"Todo mundo teve que correr atrás", disse Renata dos Anjos, participante do coletivo Mães pela Diversidade - grupo de mães que têm filhos ou filhas LGBTs e que, desde 2015, participa da organização da Parada. "Fomos no boca a boca, passando a sacolinha", brincou; e afirmou que o dinheiro não ia para a organização da Parada Livre, e sim para a estrutura, como palco, banheiros e segurança.
Para o autor, a emenda, que foi a segunda mais barata entre as vetadas, é "uma proposta simples, mas que tem um valor cultural". "É um apoio mínimo, mas essencial", destacou Robaina.
A vereadora Comandante Nádia (PMDB) justificou sua posição dizendo que a rejeição não significa que os vereadores são contra a Parada Livre. "Estamos falando de economia caseira aqui. Estamos falando de uma prefeitura que não consegue nem pagar merenda escolar", destacou a peemedebista, mesmo tendo defendido a emenda aprovada que destinará R$ 2.112.500 para a contratação de novos guardas municipais.
Os pontos apresentados por Nádia são defendidos por Ricardo Gomes (PP). Para ele, a questão "não é sobre o mérito da Parada Livre. Temos nossas opiniões pessoais, mas não é esta casa que vai decidir que pautas serão ouvidas". Ele falou ainda da escassez de recursos da prefeitura.
Célio Golin, coordenador geral do Nuances, outro coletivo que organiza a Parada, argumenta que "os R$ 60 mil não se resumem a um valor para estrutura. Para nós, (o valor) tem um significado político muito importante, pois quer dizer que a prefeitura está comprometida com a causa LGBT".
Outro veto apreciado na tarde de ontem foi à emenda de número 96, proposta pela vereadora Mônica Leal (PP), que destinaria R$ 2.937.101,50 para obras de implantação de galeria pluvial na avenida Sertório, entre as ruas Dona Sebastiana e Augusto Severo, e na própria Augusto Severo, trechos que constantemente sofrem com alagamentos.
 
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