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Política

- Publicada em 16 de Março de 2018 às 17:59

MPF apresenta balanço da Lava Jato e defende prisão após segunda instância

Procuradores também apontaram acordos de colaboração premiada como fundamentais para a operação

Procuradores também apontaram acordos de colaboração premiada como fundamentais para a operação


ASCOM PRR4/DIVULGAÇÃO/JC
Paulo Egídio
Coordenadores das forças-tarefa da Operação Lava Jato no Ministério Público Federal (MPF) se reuniram nesta sexta-feira (16) em Porto Alegre para apresentar um balanço (confira no quadro abaixo) dos quatro anos de investigações e traçar estratégias para a sequência dos trabalhos. Na entrevista coletiva concedida no início da tarde, a principal preocupação demonstrada pelos procuradores foi em garantir a continuidade da prisão após condenação em segunda instância, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2016.
Coordenadores das forças-tarefa da Operação Lava Jato no Ministério Público Federal (MPF) se reuniram nesta sexta-feira (16) em Porto Alegre para apresentar um balanço (confira no quadro abaixo) dos quatro anos de investigações e traçar estratégias para a sequência dos trabalhos. Na entrevista coletiva concedida no início da tarde, a principal preocupação demonstrada pelos procuradores foi em garantir a continuidade da prisão após condenação em segunda instância, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2016.
O coordenador da força-tarefa da operação em Curitiba, Deltan Dallagnol, afirmou que a medida faz com que a “resposta à sociedade” pelos crimes de colarinho branco seja dada em tempo adequado .“A revogação da prisão em segunda instância seria enterrar o combate à corrupção e à impunidade no país”, disse Dallagnol.
A possibilidade de revisão do mecanismo é tida como uma ameaça ao andamento da Lava Jato pelos investigadores. A procuradora regional da República da 4ª Região, Maria Emília da Costa Dick, reiterou que a decisão é um “precedente firmado” pelo STF. “Temos um duplo grau de jurisdição em que o cidadão é julgado e entendemos que, a partir daí, cabe a prisão em qualquer caso”, sublinhou.
Outro ponto defendido pelos procuradores foram os acordos de leniência e de colaboração premiada fechados com empresas e pessoas envolvidas em corrupção. Dallagnol classificou a colaboração premiada como um “instrumento crucial” em casos de corrupção, que não era tradicionalmente aplicado antes da Lava Jato pela perspectiva de impunidade dos investigados. O procurador citou o "efeito Marcos Valério" (publicitário condenado a mais de 40 anos de prisão no Mensalão) como motivador para que os próprios acusados buscassem acordos com o MPF.
Já o subprocurador-geral da República Francisco Sanseverino refutou a hipótese de que a prisão preventiva tem sido utilizada para forçar réus a realizarem delação. “A maioria dos pedidos vem por iniciativa da própria defesa”, afirmou, ressaltando que, em geral, os compromissos são fechados sem que o acusado esteja preso. De acordo com números da força tarefa, 84% dos acordos foram firmados com investigados ainda em liberdade.
Os procuradores responsáveis pela Lava Jato evitaram estipular um prazo para o fim da operação, que chegou à 49ª fase no início deste mês. “Há ainda bastante trabalho apenas com os elementos que já temos”, destacou Sanseverino. A posição foi reforçada pelo procurador Carlos Aguiar, coordenador da força-tarefa na 2ª Região. “Em cada operação que se inicia, há perspectiva de abrir nova frentes de trabalho, e isso é que vai determinar o cronograma da Lava Jato”, concluiu.
>>Confira os principais números da operação até aqui:
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