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Política

- Publicada em 11 de Março de 2018 às 17:16

Em ofensiva jurídica, Michel Temer vai à casa da ministra do Supremo Cármen Lúcia

O presidente Michel Temer (PMDB) visitou, neste sábado, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia. O encontro ocorreu na casa da ministra, em Brasília, e foi feito a pedido do presidente, que telefonou para ela durante a semana para pedir a reunião.
O presidente Michel Temer (PMDB) visitou, neste sábado, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia. O encontro ocorreu na casa da ministra, em Brasília, e foi feito a pedido do presidente, que telefonou para ela durante a semana para pedir a reunião.
Na saída do encontro, Temer disse que ambos trataram sobre segurança pública e sobre a intervenção no Rio de Janeiro. "A ministra vai colaborar enormemente com essa questão em todo o País", disse. A visita faz parte de estratégia do presidente para que seja reconsiderada a inclusão de seu nome em inquérito para apurar repasses da Odebrecht ao PMDB em 2014.
Segundo a reportagem apurou, o presidente marcou o encontro com Cármen Lúcia com o objetivo de apresentar argumentos contrários à investigação do seu nome. Na saída do encontro, perguntado se trataram do assunto, ele negou. "Não foi tratado nada disso", disse.
O argumento de Temer, que ficou irritado com a inclusão de seu nome, é de que um presidente em exercício não pode ser investigado por acontecimentos anteriores ao mandato. A tese, contudo, foi questionada pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que pediu a inclusão do peemedebista na investigação. A solicitação foi acolhida pelo ministro Edson Fachin, do STF.
Nesta semana, ele enviou carta a Dodge, na qual apresenta tese do jurista Ives Gandra Martins sobre a impossibilidade de investigação de fatos anteriores ao mandato. A ofensiva de Temer deve se estender a outros ministros do Supremo. O assunto foi tratado na sexta-feira pelo presidente com seu advogado, o criminalista Antônio Mariz.
Nas últimas semanas, Temer tem ensaiado uma reaproximação com Cármen Lúcia. Em evento de aniversário da Advocacia-Geral da União (AGU), ele a chamou de "amiga" e se lembrou do tempo em que foi seu professor de Direito. Ele também a convidou para partir de encontro com governadores do País, no Palácio do Planalto, para discutir segurança pública. A relação de ambos passa por idas e vindas desde o ano passado, e o distanciamento se agravou após a ministra ter tomado decisões judiciais contrárias ao Palácio do Planalto.
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