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Política

- Publicada em 05 de Março de 2018 às 08:22

PMDB quer definir candidato ao Planalto

Temer não descartou sua candidatura e o nome de Henrique Meirelles é uma aposta do governo

Temer não descartou sua candidatura e o nome de Henrique Meirelles é uma aposta do governo


EVARISTO SA/AFP/JC
Agência Estado
O presidente Michel Temer intensificou as conversas sobre o lançamento de um candidato próprio do PMDB ao Palácio do Planalto. Em reunião realizada no domingo (4) no Palácio do Jaburu, Temer ouviu do presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), que é preciso começar a construir a campanha e reforçar a defesa do governo, alvejado não apenas pela oposição, mas também por aliados.
O presidente Michel Temer intensificou as conversas sobre o lançamento de um candidato próprio do PMDB ao Palácio do Planalto. Em reunião realizada no domingo (4) no Palácio do Jaburu, Temer ouviu do presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), que é preciso começar a construir a campanha e reforçar a defesa do governo, alvejado não apenas pela oposição, mas também por aliados.
Líder do governo no Senado, Jucá já defende, nos bastidores, a candidatura do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, hoje filiado ao PSD. "Ele é muito bem-vindo no PMDB", disse o senador. "Ainda não temos decisão sobre nomes, mas estamos afunilando as conversas nesse sentido."
Ao lado do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, Jucá mostrou para Temer uma pesquisa encomendada pelo partido sobre o quadro eleitoral nos Estados. "Mais de um terço dos entrevistados acha que, se a economia continuar como está, o PMDB deve lançar candidato à Presidência", disse ele.
"A nossa ideia é ter um candidato que defenda a agenda do governo. Se não for o Michel, acho que Meirelles reúne essas qualidades e tem todas as condições de aglutinar os partidos de centro para disputar o Planalto", argumentou o líder do PMDB na Câmara, Baleia Rossi (SP), presidente do PMDB paulista.
Temer tem feito uma espécie de enquete com aliados para saber qual seria o nome, no espectro de centro, que teria mais viabilidade eleitoral. Embora haja resistências de dirigentes do próprio PMDB à candidatura do presidente a novo mandato, o núcleo político do governo ainda não descartou essa possibilidade.
A aposta no Planalto é de que, se a intervenção na Segurança Pública do Rio surtir efeitos positivos e as investigações contra Temer forem arquivadas, o presidente deixará o dígito isolado nas pesquisas de intenção de voto - que hoje não ultrapassa 1% - e será o "candidato natural". Em público, porém, ele rejeita essa hipótese.
Dono de uma impopularidade persistente, Temer pode tomar a decisão até julho e não precisa se desincompatibilizar para entrar no páreo, enquanto Meirelles, se for concorrer, será obrigado a sair da Esplanada em 7 de abril, mesmo prazo para a mudança de partido.
Sem um nome competitivo até agora, o PMDB tem como prioridade eleger grandes bancadas de senadores e deputados federais. Jucá disse ontem que o partido também deve apresentar nomes aos governos de 14 dos 26 Estados.
O senador considera muito difícil a possibilidade de apoio a Alckmin, ao menos por enquanto. Na avaliação da equipe de Temer, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não será candidato, embora seu nome deva ser aclamado em convenção do partido, na quinta-feira. A portas fechadas, correligionários de Temer dizem, ainda, que o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE), pode ser vice de Alckmin.
"Mas o PMDB não está postulando lugar de vice nem de Alckmin nem de Maia", insistiu Jucá. "O natural, em política, é muito forte. Ninguém vai tirar do bolso do colete um candidato, que precisa ter elan, charme e liderança", disse Moreira Franco, um dos principais interlocutores de Temer no Planalto. Quem vê com simpatia a candidatura de Meirelles alega que o fato de ele poder financiar a campanha com dinheiro do próprio bolso favorece sua escolha. 
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