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Opinião

- Publicada em 15 de Março de 2018 às 17:16

Vale tudo pela liberdade?

No Brasil, alguns grupos e lideranças trabalham para que a liberdade seja usada de forma literal. Sem qualquer filtro, regra ou impedimento. Mas, afinal, que tipo de liberdade queremos para ter uma vida digna e uma sociedade justa? Quem, por direito, deve definir esses conceitos? A família, a academia, a justiça, o Estado, os formadores de opinião? Nenhuma delas e um pouco de cada. A família, tão desvalorizada, perdeu seu protagonismo como agente educador. A academia deixou de ser referência na construção do senso crítico. A Justiça perdeu credibilidade pelo seu inabalável corporativismo. E o Estado, o superpoderoso, envolveu-se em questões que transcendem seu alcance. E os formadores de opinião e seus veículos passam por uma enorme transformação.
No Brasil, alguns grupos e lideranças trabalham para que a liberdade seja usada de forma literal. Sem qualquer filtro, regra ou impedimento. Mas, afinal, que tipo de liberdade queremos para ter uma vida digna e uma sociedade justa? Quem, por direito, deve definir esses conceitos? A família, a academia, a justiça, o Estado, os formadores de opinião? Nenhuma delas e um pouco de cada. A família, tão desvalorizada, perdeu seu protagonismo como agente educador. A academia deixou de ser referência na construção do senso crítico. A Justiça perdeu credibilidade pelo seu inabalável corporativismo. E o Estado, o superpoderoso, envolveu-se em questões que transcendem seu alcance. E os formadores de opinião e seus veículos passam por uma enorme transformação.
Jamais se exerceu tamanha liberdade de expressão. As redes sociais acabaram com o monopólio da comunicação. E há uma grande dificuldade de conexão com a opinião do brasileiro médio - aquele de formação majoritariamente cristã e de essência simples, tolerante e pacífica. A proposta do marxismo cultural de Antonio Gramsci dá sinais de esgotamento. A maioria, que antes era silenciosa, agora fala. Estamos conquistando voz própria e descobrindo o que ainda somos: decentes, conservadores, éticos, justos. E capazes de contrapor aqueles que tratam o sagrado dos outros com escárnio, mas dizem querer paz. Agridem em nome da arte e querem tolerância em nome da democracia. Dissimulam crimes sexuais em defesa do "toda forma de amor vale a pena" e pedem justiça.
Nada pode ser relativo ou maior do que aquilo que convencionamos chamar de civilização. Liberdade sem limite historicamente sempre trouxe a barbárie. Em nome desse princípio, o Brasil tem assistido a um excesso de tudo, colhendo aumento significativo de violência, desordem e injustiça. O que era certo num passado recente, hoje, é relativo. E é aí que corremos perigo.
Cientista política
 
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