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Publicada em 21 de Março de 2018 às 15:58

Tecnologia sem capacitação humana não resolve!

Rodrigo Leke Paim

Rodrigo Leke Paim

VINICIUS PEDROLLO/DIVULGAÇÃO/JC
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Vivemos e respiramos a era dos dados. A previsão é que até 2020 tenha-se um total de 40 trilhões de gigabytes de dados no mundo, segundo o grupo Gartner. Com essa grande quantidade de dados gerados, a necessidade da transformação destes em informações concretas se torna, cada vez mais, um desafio primordial para qualquer organização. Mesmo assim, ainda há muito espaço a ser explorado. A IBM estima que em torno de 80% dos dados gerados pelas companhias são deixados de lado, não explorados ou até perdidos. Logo, essa constante evolução da tecnologia na captação e análise de informação está revolucionando o mundo.
Vivemos e respiramos a era dos dados. A previsão é que até 2020 tenha-se um total de 40 trilhões de gigabytes de dados no mundo, segundo o grupo Gartner. Com essa grande quantidade de dados gerados, a necessidade da transformação destes em informações concretas se torna, cada vez mais, um desafio primordial para qualquer organização. Mesmo assim, ainda há muito espaço a ser explorado. A IBM estima que em torno de 80% dos dados gerados pelas companhias são deixados de lado, não explorados ou até perdidos. Logo, essa constante evolução da tecnologia na captação e análise de informação está revolucionando o mundo.
É importante ressaltar que, muitas vezes, não é o grau de novidade de uma inovação ou tecnologia que mede sua eficiência ou impacto futuro, e sim o seu nível de acessibilidade. A massificação dessas soluções tecnológicas são as grandes responsáveis pelo seu sucesso, provocando mudanças estruturais e culturais com as suas evoluções. Um exemplo claro disso foi o celular, que somente anos depois da sua criação acendeu essa revolução cultural digital em que vivemos hoje em dia com os smartphones. Como também aconteceu com a tecnologia de identificação por rádio frequência (RFID), que, inventada na segunda guerra mundial, somente teve um grande crescimento de uso na última década, após a diminuição do seu custo de produção.
Essa acessibilidade tecnológica está revolucionando também o varejo. Um exemplo claro são as diferentes soluções para a captação de dados que se vê atualmente. No mundo digital, essa realidade já faz parte de quase todas as empresas que possuem e-commerce e redes sociais, mas também está chegando para as lojas físicas em uma velocidade estrondosa. Há diversas tecnologias sendo desenvolvidas para aquecer essa "digitalização dos pontos de venda", como análise de wi-fi; mapas de calor; Beacons; reconhecimento de imagem; e até sensores para monitorar a temperatura do hortifrúti de supermercados. Todas essas soluções são aplicadas e desenvolvidas também por players brasileiros e estão contribuindo para construir um novo papel para o ponto de venda.
Essa evolução dos pontos físicos está provocando grandes mudanças também na forma como a empresa se relaciona com o seu consumidor. Decifrar o consumidor nunca foi tão acessível como hoje em dia. O sonhado marketing 1-1 está se tornando algo factível de forma massificada, tanto no mundo digital como no mundo offline. Mais importante que isso, a integralização desses dois mundos está possibilitando que agências de comunicação consigam alinhar suas campanhas e mensagem de acordo com dados muito precisos sobre o consumidor.
Ao mesmo tempo, é preciso cautela. Tecnologias por si só não são, e dificilmente serão, autônomas o suficiente para gerar grandes mudanças sozinhas. De qualquer forma, hoje em dia, por mais completos que sejam os algoritmos responsáveis por decifrar as informações, quem faz a verdadeira "mágica" acontecer ainda é o ser humano. É por isso também que empresas, até mesmo de setores tradicionais, estão investindo na capacitação de equipes em áreas de tecnologia e inovação, com o intuito de entenderem melhor o seu negócio e o seu consumidor. Ou seja, o contato humano continua indispensável para o sucesso. Em meio a toda essa revolução digital em que vivemos, é necessário valorizar a criatividade e a inteligência que uma mente humana é capaz de propiciar para qualquer negócio. É preciso considerar a tecnologia como um meio, e não como um fim.

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