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Publicada em 20 de Março de 2018 às 17:19

Marca Exponencial

João Satt - Marcas de Quem Decide

João Satt - Marcas de Quem Decide

NATTAN CARVALHO/DIVULGAÇÃO/JC
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João Satt
Dediquei os últimos 18 meses da minha vida para estudar e decodificar o que vem modificando a cultura
Dediquei os últimos 18 meses da minha vida para estudar e decodificar o que vem modificando a cultura
e, consequentemente, o comportamento de consumo, e o quanto tudo isso afetará o ambiente das marcas. Meu foco principal estava em identificar as novas ferramentas e meios para construir estratégias
de marcas pertinentes ao atual ambiente competitivo dos negócios, e viáveis aos orçamentos das empresas. Sabia que as plataformas de comunicação estavam em processo de substituição, mas não me satisfazia aceitar que comunicar através da internet fosse suficientemente consistente para surpreender e encantar as pessoas. O desafio estava em definir um novo formato do conteúdo estratégico da oferta (entenda aqui oferta como o conjunto dos 4Ps) e das plataformas que viabilizassem e estruturassem não só a comunicação da marca, mas que possibilitassem o design de uma nova e robusta experiência na
relação marca/pessoas (clientes). A consciência e a respectiva reflexão realizada ao longo desta jornada nos levaram a revisitar nosso negócio – Competence + Sunbrand. Hoje, somos um ecossistema de empresas exponenciais focadas em identificação, colaboração na construção e transmissão de valor.
Atuando nas áreas de consultoria estratégica, design, data analytics (preditivo), realidade virtual e realidade aumentada, produção digital, tecnologia em PDV, inteligência artificial, live marketing e comunicação 360.
Consciência a base da consistência estratégia
Tomar consciência do que está acontecendo no planeta, no mercado, nas cabeças das pessoas e dentro da sua organização é essencial para formular qualquer estratégia. De imediato posso afirmar que estamos em trânsito, em estado líquido, em ebulição, enfim, em transformação. O transitório é a única constante nos dias de hoje, são tantas e tamanhas as inovações que se tornou humanamente impossível conseguir acompanhar esse ritmo frenético de mudanças. As empresas não conseguem compreender o comportamento dos seus consumidores, e boa parte insiste em:
1)acreditar que as coisas vão melhorar no ano que vem;
2) adotar as mesmas práticas que funcionaram até então desconsiderando que, se o quadro clínico mudou, o remédio também tem que mudar.
Estratégias que não entregam valor singular para o cliente simplesmente não servem para nada. A grande crise não é a política, social e econômica, é sim a “crise da mesmice”. A comoditização age como um câncer, que está presente na maior parte das empresas, em todos os setores. Fazer algo único se tornou extremamente desafiador, e neste particular só tem uma alternativa: inovação de valor. Trocando em miúdos, sem conhecer profundamente o que é relevante para seu cliente, você navega às escuras: não sabe o que reduzir, eliminar, aumentar e muito menos criar.
O3 Consciências - Metodologia G5
Desenvolvemos uma metodologia proprietária que parte destes três ambientes.
Essa metodologia foi exaustivamente utilizada e tem se mostrado um importante agente de transformação das empresas.
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O consumidor - ponto de partida
Tendo consciência do que faz a diferença aos olhos do consumidor, você pode construir uma nova experiência da marca/pessoas. Preste bem atenção: daqui para frente, acompanhar o consumidor, monitorar seu consumo, entender suas motivações e variações será extremamente significativo, motivo que explica o destaque aos processos de data analytics (preditivo).
Lei de Moore
O motor de toda essa transformação é a tecnologia. Em 1965, Gordon Moore, provou que o poder de processamento dos computadores (entenda computadores como a informática geral, não os computadores
domésticos) dobraria a cada 12/18 meses, reduzindo o custo em aproximadamente 50% dentro do mesmo período. A tecnologia traz algo valiosíssimo para todos nós, humanos: conveniência e tempo.
Mudanças culturais = novos comportamentos
Ter mais tempo é o mais importante ativo da humanidade, seja para ficar com filhos/família, produzir, viajar, passear, praticar esportes, adotar causas sociais, estudar, enfim, viver mais o lado bom da vida. E o que tudo isso tem a ver com as marcas? Tudo.
Marcas exponenciais
As marcas exponenciais são agentes de disseminação da nova cultura, apoiando e criando condições para a prática dos novos comportamentos.
"Em termos simples, uma tecnologia disruptiva é qualquer inovação que cria um mercado e abala outro já existente." Peter Diamandis (fundador da Singularity University)
Entendendo a curva exponencial
Essa figura foi criada por Peter Diamandis e explica os 06 Ds da exponencialidade. Conhecendo um pouco mais de cada uma das etapas:
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D1 - Digital
Tudo começa pelo Digital (D1), ou seja, em outra dimensão daquela na qual culturalmente aprendemos a nos comportar. O ambiente virtual ainda é um universo desconhecido, imenso e misterioso.
D2 - Dissimulado
Após uma inovação ser lançada no ambiente digital, normalmente passa por um período de crescimento
dissimulado. A adoção da inovação é sempre muito lenta, principalmente pelo desapontamento que carrega por ainda não estar completo seu desenvolvimento.
D3 - Disrupção
Quando uma inovação consegue superar o nível de desapontamento, faz uma ruptura no modelo vigente: é quando o Uber e o Airbnb surgem e rapidamente tomam espaço dos setores existentes – táxis e sistema hoteleiro.
D4 - Desmaterialização
Desmaterialização nada mais é do que quando um produto, ao se transformar num aplicativo, perde sua forma física e migra para uma tela.
D5 - Desmonetização
A desmonetização é quando, após ser desmaterializada, uma indústria (setor) perde atratividade e consequentemente não tem mais condições de manter seus preços de forma a cobrir seus custos.
D6 - Democratização
É quando o produto se torna universal, acessível a milhões de pessoas.
Velocidade inimaginável
Mas a mudança não para por aí. É necessário tomar consciência de que a adição dos efeitos do incremento
computacional, somado à velocidade do 5G (que em breve estará varrendo o planeta) com dados preditivos e suportado por inteligência artificial, construirá, em um intervalo de tempo muito pequeno, o tão desejado “admirável mundo novo”.
O desafio da construção das marcas exponenciais
A inconsistência estratégica é sempre resultado de um falta de consciência do CEO e seus diretores em relação ao ambiente competitivo e a capacidade da organização em reagir e agir face as novas exigências. Por isto a formulação da estratégia deve ser a ultima etapa do processo de consciência.
Estamos em um período de extrema dissimulação. É como momentos antes da chegada de um furacão – se você estiver na beira da praia, a água estará mais quente do que o habitual; olhando para o céu, a sensação é que aquele é o típico dia para aproveitar o máximo do sol. No entanto, se você observar com mais atenção, verá que os pássaros estão fugindo em bandos daquele lugar – assim como os demais animais, eles têm um sentido mais apurado sobre o que está acontecendo e, em especial, do que está por
acontecer. Já nós, humanos, tendemos a querer perpetuar os bons momentos, nossa mente resiste em aceitar a impermanência.
No horizonte, sinais tímidos de nuvens começam a formar um ambiente mais acinzentado, contudo, quando isso é captado pelos nossos olhos, buscamos olhar para onde o sol segue a brilhar. Não é natural perder sistematicamente vendas, reduzir o ticket médio, perder matrículas nas universidades, não conseguir reter clientes jovens nos bancos, e assim por diante. Ainda há tempo para se reinventar, mas comece logo. A única certeza é que o furacão da exponencialidade vai chegar e abalar todos os setores.
Quando? Olhe pela janela e você vai perceber que os pássaros já estão começando a sumir no horizonte.
Confira também a entrevista exclusiva com João Satt para o Marcas de Quem Decide. Clique aqui para ler!

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