O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou, na sexta-feira, um memorando que limita a presença de transgêneros nas forças armadas. Mas a decisão deve estar no centro de uma batalha legal nos próximos meses. Segundo a Casa Branca, manter soldados com histórico ou diagnóstico de "transtorno de identidade de gênero" - aqueles que podem precisar de tratamento médico substancial - "representa um risco considerável para a eficácia e a letalidade dos militares".
Em 2017, Trump surpreendeu o Pentágono ao publicar no Twitter que reverteria uma política da administração de Barack Obama que permitiu que indivíduos transgêneros servissem nas forças armadas. Suas tentativas de proibir o acesso ao serviço militar enfrentaram ações legais, e quatro tribunais federais decidiram contra a proibição. O Pentágono respondeu às decisões autorizando a permanência daqueles que já estavam servindo e permitindo o alistamento de transgêneros desde 1 de janeiro.
De acordo com a nova política, soldados que precisarem ou já tiverem se submetido à cirurgia de redesignação sexual terão de deixar o serviço militar. Aqueles com histórico ou diagnóstico de transtorno de identidade de gênero, ou desconfortáveis com seu sexo biológico, também terão de deixar as forças armadas, com algumas exceções.
Militares que não se submeteram à cirurgia de redesignação sexual podem continuar servindo, contanto que tenham se mantido clinicamente estáveis em seu sexo biológico por 36 meses consecutivos antes de se juntar às forças armadas e possam ser mobilizados para outras partes do mundo.
Militares que foram diagnosticados com transtorno de identidade de gênero após a política de Obama entrar em vigor e antes da nova política de Trump poderão continuar nas forças armadas. Esses militares poderão servir em seu gênero de preferência e receberão o tratamento necessário.