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Internacional

- Publicada em 25 de Março de 2018 às 16:59

Puigdemont é preso na Alemanha

Centenas de espanhóis saíram às ruas de Barcelona contra a prisão

Centenas de espanhóis saíram às ruas de Barcelona contra a prisão


/LLUIS GENE/AFP/JC
O ex-presidente catalão Carles Puigdemont foi detido pela polícia alemã ontem, em uma operação que contou com o Centro Nacional de Inteligência (CNI) e agentes da polícia espanhola. O episódio ocorre após um juiz do Tribunal Supremo da Espanha ter expedido, na sexta-feira, uma ordem de prisão internacional para Puigdemont e outros cinco líderes do movimento separatista catalão.
O ex-presidente catalão Carles Puigdemont foi detido pela polícia alemã ontem, em uma operação que contou com o Centro Nacional de Inteligência (CNI) e agentes da polícia espanhola. O episódio ocorre após um juiz do Tribunal Supremo da Espanha ter expedido, na sexta-feira, uma ordem de prisão internacional para Puigdemont e outros cinco líderes do movimento separatista catalão.
Puigdemont foi detido pela polícia alemã enquanto retornava da Finlândia à Bélgica, país onde havia se autoexilado. Ele estava foragido da Justiça espanhola desde que declarou, em outubro passado, de maneira unilateral, a independência da Catalunha. Na sexta-feira, ele foi acusado de rebelião, um crime que pode levar a até 30 anos de prisão. Há, também, outras acusações, como uso indevido de verba pública.
Ele foi retido em um veículo enquanto cruzava a fronteira entre a Dinamarca e a Alemanha - transitava de carro para evitar as autoridades nos aeroportos, afirma a polícia espanhola. De acordo com a agência de notícias alemã DPA, Puigdemont foi levado a uma prisão na cidade de Neumuenster, no Norte do país.
Com a ordem de detenção europeia reativada na sexta-feira, países-membros do bloco econômico têm que cumprir a decisão. A Alemanha é um dos aliados mais próximos do governo conservador do primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy. A chanceler Angela Merkel foi uma das defensoras das medidas de Rajoy contra o separatismo catalão, incluindo a dissolução do governo regional e a destituição de Puigdemont.
Não há, por enquanto, detalhes sobre procedimentos ou prazos de extradição, caso assim decida a Alemanha. Outros cinco líderes catalães foram detidos em Madri na sexta-feira, e, no total, 13 foram acusados de rebelião, como o ex-presidente.
Parte da oposição espanhola critica essas detenções e acusações. A Catalunha é uma região já com alguma autonomia, incluindo um Parlamento e uma polícia próprios. O separatismo, exacerbado nos últimos anos, é considerado ilegal por Madri.
Uma das dificuldades para a extradição de Puigdemont da Bélgica era a ausência, em sua legislação, de um crime semelhante ao de rebelião, como há na Espanha. Na Alemanha, porém, o Código Penal prevê penas de dez anos à prisão perpétua para quem "sabotar a existência contínua da República Federal" ou "modificar a ordem constitucional". Hoje, é esperado que ele compareça a um tribunal regional do estado de Schleswig-Holstein, onde deverá ser expedido um mandado de extradição à Espanha.
Com a notícia da detenção, tanto grupos favoráveis quanto contrários à secessão catalã realizaram manifestações ontem em Barcelona. A Assembleia Nacional Catalã organizou uma marcha da sede da Comissão Europeia até o consulado da Alemanha, enquanto os grupos pró-Espanha se reuniram em frente ao escritório do governo regional da Catalunha.
As forças de segurança acompanharam o protesto de longe e com forte aparato policial. Houve princípio de conflito quando a multidão tentou invadir o gabinete do interventor espanhol no governo da Catalunha. 
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