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Internacional

- Publicada em 14 de Março de 2018 às 15:09

Desgastada, Merkel assume quarto mandato

Depois de seis meses da eleição e de negociações, líder é empossada

Depois de seis meses da eleição e de negociações, líder é empossada


/TOBIAS SCHWARZ/AFP/JC
A Câmara Baixa do Parlamento da Alemanha, o Bundestag, reelegeu formalmente ontem Angela Merkel como chanceler do país, concedendo à líder alemã seu quarto e último mandato. A medida consolida o estabelecimento do novo governo alemão, quase seis meses depois de uma eleição geral inconclusiva e das negociações mais complicadas para a formação de uma coalizão desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
A Câmara Baixa do Parlamento da Alemanha, o Bundestag, reelegeu formalmente ontem Angela Merkel como chanceler do país, concedendo à líder alemã seu quarto e último mandato. A medida consolida o estabelecimento do novo governo alemão, quase seis meses depois de uma eleição geral inconclusiva e das negociações mais complicadas para a formação de uma coalizão desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
A aliança conservadora de Merkel venceu a eleição parlamentar, realizada em setembro do ano passado, mas não conquistou maioria absoluta. Após longo período de discussões, o grupo fechou um acordo de coalizão com o Partido Social-Democrata (SPD, na sigla em alemão). 
A votação de ontem foi mera formalidade, pois, desde a vitória da CDU (União Democrata-Cristã) na eleição, já se sabia que Merkel seria chefe de governo pela quarta vez desde 2005.
Porém, a incerteza em torno do novo governo parou a principal economia da União Europeia (UE), vista como uma das lideranças globais a preencher o vácuo deixado pelos EUA, com o presidente Donald Trump, e o Brexit, a saída britânica do bloco. A premiê enfrenta uma série de desafios domésticos e internacionais, incluindo insatisfação interna com a política para imigrantes, várias propostas de países vizinhos sobre reformas na UE, além da hostilidade de Trump, que ameaça punir o bloco com tarifas sobre importações.
Os 364 votos que a chanceler recebeu ontem entre 709 membros do Bundestag foram 35 a menos que os 399 que o governo teoricamente tem assegurados com a grande coalizão entre a CDU, seus aliados bávaros da CSU (União Social-Cristã) e o SPD. Após o anúncio do resultado pelo presidente do Bundestag, Wolfgang Schäuble, Merkel foi aplaudida por membros de todas as bancadas - com exceção da AfD (Alternativa para a Alemanha).
O partido de direita ultranacionalista emergiu das eleições como a terceira força no Parlamento e, agora, com a entrada do SPD no governo, é a maior bancada da oposição. As pesquisas mostram que a AfD ganhou popularidade nos meses de governo paralisado. Algumas sondagens mostram o partido como segunda força, ora empatado, ora à frente do SPD, o que expõe a crise que enfrentam os sociais-democratas.
Como dita o protocolo, após a votação no Bundestag, Merkel foi ao Palácio de Bellevue, onde obteve a nomeação de chanceler do presidente da República, Frank-Walter Steinmeier. Cerca de duas horas depois, já empossada, voltou ao Parlamento para fazer o juramento à Constituição. No início da tarde, retornou a Bellevue com os 15 ministros do governo, que também foram oficialmente empossados. A primeira reunião do gabinete ocorreu no fim da tarde.
 
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