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Internacional

- Publicada em 05 de Março de 2018 às 15:30

Impasse na formação de governo pode levar a mudanças em lei

O Parlamento recém-eleito da Itália se reúne no dia 23. Depois disso, o presidente Sergio Mattarella consultará líderes partidários, com o objetivo de descobrir qual alternativa de coalizão teria mais chances de sobreviver a um voto de confiança no Legislativo. Caso nenhum grupo surja com potencial, o presidente pode ter de apontar um governo com a tarefa primordial de alterar a complexa lei eleitoral que gerou esse cenário.
O Parlamento recém-eleito da Itália se reúne no dia 23. Depois disso, o presidente Sergio Mattarella consultará líderes partidários, com o objetivo de descobrir qual alternativa de coalizão teria mais chances de sobreviver a um voto de confiança no Legislativo. Caso nenhum grupo surja com potencial, o presidente pode ter de apontar um governo com a tarefa primordial de alterar a complexa lei eleitoral que gerou esse cenário.
Um governo interino, contudo, também teria dificuldades de avançar em reformas, o que poderia significar novas eleições em breve. Um impasse político prolongado seria péssimo para a economia italiana, que já cresce menos que o restante da zona do euro e possui um endividamento superior a 130% do Produto Interno Bruto (PIB).
O resultado de domingo foi visto como um revés para as forças pró-União Europeia (UE), já que mais da metade do eleitorado apoiou partidos populistas e céticos em relação ao bloco, segundo os resultados quase finais. O resultado poderia deixar a Itália com um Parlamento sem maioria clara e as conversas por uma coalizão seriam difíceis.
O Movimento 5 Estrelas, fundado por um comediante há nove anos, foi o vencedor da disputa, com cerca de um terço dos votos. Popular entre os desiludidos, particularmente no Sul mais pobre, ele congrega uma série de visões, mas tem uma pauta favorável ao meio ambiente, contrária aos bancos e cética em relação à UE. O problema para o Movimento 5 Estrelas é sua política de não formar alianças. Ainda assim, o líder Luigi Di Maio, de 31 anos, deseja ser o próximo premiê e disse que buscará o apoio de outras forças.
As negociações de uma coalizão podem se arrastar durante semanas ou meses, já que nenhum dos partidos ou alianças deve acabar com maioria no Parlamento. A aliança de centro-direita, que inclui o partido Forza Italia, do ex-premiê Silvio Berlusconi, deve ficar com a maioria das cadeiras, ao conseguir, no total, 37% dos votos. O bloco governista de centro-esquerda aparecia com 23%.
O pior cenário para a UE seria uma aliança entre o Movimento 5 Estrelas e a Liga, contrária à imigração e que alcançou 18% dos votos. Ambas teriam maioria no Parlamento. Os partidos já defenderam que a Itália abandone o euro, mas o Movimento voltou atrás nessa demanda antes da eleição. A Liga, por sua vez, previu que a moeda única ruirá por conta própria. O candidato a premiê da Liga, Matteo Salvini, afirmou claramente ontem que não pretendia formar "uma aliança estranha", em uma referência ao Movimento 5 Estrelas. As posições, porém, poderiam ainda mudar, diante das poucas opções para um novo governo.
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