Atracadouro público é aberto na orla do Guaíba

Às margens do lago Guaíba e ao lado da Usina do Gasômetro, encontra-se, agora, o primeiro atracadouro público de Porto Alegre, inaugurado ontem. O local servirá como "estacionamento" para os barcos turísticos da região. Desde que as obras de revitalização da orla foram iniciadas, somente o Cisne Branco estava em circulação, ancorando no Cais Mauá. Agora, outros dois barcos, o Porto Alegre 10 e o Noiva do Caí, poderão se abrigar no novo atracadouro.

A entrega da área foi realizada no dia do 246º aniversário da cidade. A expectativa da prefeitura é de que a abertura do local proporcione a retomada do turismo náutico na região. De acordo com o presidente da Associação de Turismo Náutico do Rio Grande do Sul (Atun-RS), Villian Velloso de Oliveira, quando os três barcos funcionavam a pleno, antes da obra, a arrecadação era de cerca de R$ 1,8 milhão. As embarcações costumam fazer passeios de uma hora de duração, passando pelas ilhas do Delta do Jacuí e pela extensão da orla do Guaíba. De segunda a sexta-feira, as viagens ocorrem às 10h30min, às 15h e às 16h30min. Nos sábados, domingos e feriados, às 10h30min, às 11h30min e das 14h às 18h, sempre em intervalos de 40 minutos. O ingresso, em qualquer um dos dias, custa R$ 30,00.

Os trabalhos de revitalização da orla do Guaíba começaram em outubro de 2015, mas tiveram de ser interrompidos devido à enchente que atingiu a cidade. Na época, foi percebido que seriam necessárias alterações no projeto, com elevação dos deques. A obra chegou a ficar dois meses parada. Essa primeira etapa de execução envolve apenas o trecho 1, entre a Usina do Gasômetro e a Rótula das Cuias, cujo término está previsto para o próximo mês. O objetivo da prefeitura é revitalizar dez dos 73 quilômetros da orla durante a gestão do prefeito Nelson Marchezan Júnior.

Durante o discurso de inauguração do ancoradouro, Marchezan destacou a participação de diversas secretarias e também reconheceu a participação do ex-prefeito José Fortunati na continuidade do projeto de revitalização. No entanto, se concentrou em fazer um apelo à Câmara de Vereadores para que aprove os projetos de concessão às parcerias público-privadas. "Confio no espírito construtivo da Câmara para fazermos reformas na estrutura financeira. Para que possamos fazer novos investimentos a fim de socializar a orla, precisamos de recursos privados. Não há como tornar a orla pública sem a iniciativa privada", argumentou Marchezan.