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Geral

- Publicada em 15 de Março de 2018 às 21:46

Concurso do Instituto-Geral de Perícias do Rio Grande do Sul supre apenas 6% do déficit

Hoje, dos 1.752 cargos previstos, somente 691 estão preenchidos

Hoje, dos 1.752 cargos previstos, somente 691 estão preenchidos


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
Isabella Sander
Fundamentais para obter provas em investigações de combate ao crime, os peritos estão escassos no quadro de servidores do Estado. Hoje, dos 1.752 cargos previstos no Instituto-Geral de Perícias do Rio Grande do Sul (IGP-RS), apenas 39% estão preenchidos - 691, sendo 642 por servidores e 49 por profissionais contratados emergencialmente. O concurso em andamento, que deve ter sua homologação final de candidatos publicada nesta sexta-feira, nomeará 106 peritos. As nomeações suprirão apenas 6% do déficit. 
Fundamentais para obter provas em investigações de combate ao crime, os peritos estão escassos no quadro de servidores do Estado. Hoje, dos 1.752 cargos previstos no Instituto-Geral de Perícias do Rio Grande do Sul (IGP-RS), apenas 39% estão preenchidos - 691, sendo 642 por servidores e 49 por profissionais contratados emergencialmente. O concurso em andamento, que deve ter sua homologação final de candidatos publicada nesta sexta-feira, nomeará 106 peritos. As nomeações suprirão apenas 6% do déficit. 
Segundo o diretor-geral do IGP, Eduardo Lima Silva, esse chamamento servirá apenas para suprir necessidades emergenciais. Como foi autorizada a abertura de cadastro reserva para os aprovados que não forem convocados inicialmente, porém Silva espera que mais vagas sejam abertas posteriormente. "Acreditamos que, demonstrando a importância do trabalho dos peritos, é possível que novos chamamentos ocorram, mas também sabemos da dificuldade financeira do Estado, que não envolve só a necessidade física dos serviços, mas as possibilidades econômicas do governo", observa. 
Dessas 106 vagas, 35 são para peritos criminais, que atuarão nas áreas de computação forense; engenharias civil, elétrica, mecânica e química; farmácia, biomedicina, química e psicologia. Outros 35 cargos serão para peritos
médicos-legistas, divididos nas categorias geral, patologia e psiquiatria. Os técnicos em perícia, de nível médio, serão distribuídos em 36 vagas nas categorias geral e radiologia.
Conforme Silva, não há um setor específico em que se precise de mais pessoal, mas todos. "São necessários médicos, porque temos postos que fecharam temporariamente e temos que reabrir, mas também há uma quantidade muito elevada de vagas ociosas de peritos na perícia criminal, que atuem na computação, em veículos e armamentos, mas tudo isso também depende do apoio técnico", avalia.
Por oferecer um salário inicial abaixo de outros setores do serviço público, o IGP acaba perdendo rapidamente os servidores que nomeia. Enquanto o Estado oferece R$ 9,5 mil para peritos em início de carreira, o salário inicial do mesmo cargo, em Santa Catarina, é de R$ 16 mil, e da Polícia Federal, de R$ 20 mil. "Havendo concursos para outros estados, o servidor acaba fazendo. Tudo porque o IGP não entrou na política salarial do governo anterior para as outras áreas de segurança pública", lamenta.
Apesar do déficit, Silva tem buscado qualificar a gestão, a fim de que a falta de pessoal não atrapalhe tanto o trabalho. "Começamos a fazer um acompanhamento dos dados estatísticos de quais perícias tinham mais problemas e atrasos, o que acontecia no processo que fazia com que elas demorassem a ser executadas. Implementamos mudanças nos processos e nas metodologias", explica.
 
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