Desde ontem, Porto Alegre está com quase toda a sua frota do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) renovada. Onze ambulâncias compradas pela prefeitura foram entregues em cerimônia realizada no Parque da Redenção. Como uma fora adquirida em janeiro de 2017 e outra no mês passado, agora 13 dos 15 veículos utilizados para atendimento na Capital são novos. Outros dois serão adquiridos nos próximos meses, a partir de aditamento do contrato atual.
A renovação da frota promete reduzir o gasto mensal com manutenção dos atuais R$ 190 mil para cerca de R$ 47,5 mil. "O valor economizado é quase suficiente para comprar um novo carro por mês", salienta o secretário municipal de Saúde, Erno Harzheim. Foram gastos R$ 1,9 milhão na aquisição das 11 ambulâncias, sendo em torno de R$ 172 mil para cada veículo.
Segundo o coordenador do Samu Porto Alegre, Marcos Mottin, as ambulâncias usadas até agora tinham uma média de 6,7 anos de vida, enquanto o ideal seria que tivessem entre quatro a cinco anos. Por contratualização, o Ministério da Saúde deveria trocar a frota inteira a cada cinco anos, mas não tem feito a renovação. A defasagem gerava problemas como a necessidade de troca de ambulâncias para manter as equipes funcionando. "Muitas vezes, a ambulância ia para o conserto e tínhamos que colocar todos os equipamentos dela em outro carro, para poder manter o atendimento. Com isso, a equipe ficava parada, o que gera ineficiência no serviço", pontua.
O dinheiro economizado com a menor necessidade de manutenção será, ainda assim, usado no serviço. "O Samu tem outras necessidades de investimento que começarão a ser sanadas, inclusive a de mais tecnologia, tentar aumentar a produção de serviços usando telemedicina e fazer a telemetria nos veículos, medindo o quanto eles rodam e como eles rodam, o que traz economia também na manutenção e no combustível", observa Harzheim.
Alguns dos carros utilizados atualmente pelo Samu serão usados como reservas, em caso de problemas mecânicos com as ambulâncias novas. Outra parte será vendida, e alguns poderão ser utilizados para atividades internas.
O município prepara uma série de mudanças no serviço que devem reduzir o tempo-resposta das chamadas nos próximos meses. A média do tempo-resposta atual é de 16 minutos, entre o momento da chamada e o atendimento. Tendo ambulâncias novas, equipe suficiente e condições adequadas de trabalho, a resposta será mais ágil. Em 2017, oito médicos foram contratados para a Central de Regulação, que recebe as chamadas pelo telefone 192. Para o quadro de funcionários ficar completo, é preciso contratar outros 13.