Nada menos do que um sushi gigante que é possível comer com as mãos

Japoneses abrem restaurante em Porto Alegre com um produto curioso: burrito sushi


Nada menos do que um sushi gigante que é possível comer com as mãos

Quem visita o Suika, na rua São Luiz nº 526, em Porto Alegre, se depara com um restaurante de sushi um pouco diferente dos usuais. E o ineditismo começa no cardápio. O local oferece o “burrito sushi”, nada menos do que um sushi gigante que é possível comer com as mãos.
Quem visita o Suika, na rua São Luiz nº 526, em Porto Alegre, se depara com um restaurante de sushi um pouco diferente dos usuais. E o ineditismo começa no cardápio. O local oferece o “burrito sushi”, nada menos do que um sushi gigante que é possível comer com as mãos.
“No início, as pessoas não entendiam muito bem. Relacionavam o burrito com comida mexicana e ficavam até desconfiadas. Mas, na verdade, esse produto é apenas um rolo de sushi cortado ao meio, ao invés de em oito peças”, esclarece Vitória Sue Tashima Lange, atendente e dona do estabelecimento, mais conhecida pelos seus clientes por Sue.
Segundo ela, a ideia partiu de seu avô, que viu na televisão que um sushi “grande” estava fazendo sucesso no exterior. Foi aí que elas adaptaram a ideia e criaram esse nome. Atualmente, o burrito sushi é o produto que mais vende e poucas pessoas ainda vão ao restaurante para pedir os sushis normais. “Os clientes chegam aqui e já pedem com convicção”, comemora.
Em um estilo de cafeteria americana, o espaço não tem mesas para sentar e foge do padrão brasileiro em que a decoração é sempre nas cores branco, vermelho e preto. O espaço pequeno conta apenas com algumas bancadas, um cardápio simples e uma figura simpática no caixa. O Suika Sushi nasceu em 2014 mas foi só em janeiro deste ano que abriu sua loja física. Durante quatro anos, o negócio atendia somente encomendas em eventos, feiras e festas.
Mas a ideia de produzir sushi não foi sempre um negócio. Antes disso, era apenas uma rotina na casa da família de Sue, de origem japonesa, que adquiriu conhecimentos a partir da atuação do bisavô como sushiman no Japão. “O sushi para nós era como o feijão com arroz para os brasileiros, estava sempre presente. Às vezes, nós convidávamos amigos e até promovíamos festas, tudo em casa. Até que um dia as pessoas começaram a me questionar: 'Vou fazer um aniversário. quanto tu me cobras?'". Foi a partir disso que Sue e sua mãe Elisabete Tashima decidiram investir na produção e começaram a atender pequenos eventos. “O pessoal gostou e foi crescendo. Começamos a realizar eventos maiores, como o Planeta Atlântida. Já é o nosso 5º ano no Festival do Japão de Porto Alegre”, conta.
O dote familiar foi se tornando, assim, um empreendimento. A partir da alta demanda dos clientes e também da vontade da família de não deixar a culinária japonesa morrer, o restaurante surgiu em janeiro de 2018. “No primeiro dia já encheu de gente. Isso foi fruto do que já conheciam do nosso sushi, pois nós nunca divulgamos nada. Estamos muito felizes com o retorno”, ressalta Sue. O atendimento é de segunda-feira a sábado, das 11h às 15h, e os preços variam de R$ 10,00 a R$ 30,00.
O outro produto diferencial é a embalagem que envolve todos os pedidos de encomenda, o Furoshiki, paninho tradicional japonês. “Além de agradar os clientes, que muitas vezes voltam com o seu paninho para reutilização, é uma maneira de economizar sacolas e agir em prol da sustentabilidade”, afirma.
FREDY  VIEIRA/JC
FREDY  VIEIRA/JC
Fotos: Fredy Vieira/JC

Como funciona

O restaurante tem a proposta de “take away”, ou seja “levar a comida e comer em qualquer lugar”. De acordo com Sue, há a expectativa de abrir outras lojas pela Capital, mas sempre na mesma linha. “O que nos interessa não é a quantidade de pessoas e sim a vontade delas de voltar”, terminou.