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Esportes

- Publicada em 16 de Março de 2018 às 08:41

Cidades americanas desistem da Copa após se recusarem a aceitar o "padrão Fifa"

Em junho, a Fifa escolherá entre o trio da América do Norte ou candidatura de Marrocos

Em junho, a Fifa escolherá entre o trio da América do Norte ou candidatura de Marrocos


YURI KADOBNOV/AFP/JC
Agência Estado
Cidades norte-americanas e canadenses se recusam a receber a Copa do Mundo de 2026, alegando que não aceitarão dar um "cheque em branco" para a Fifa ou seguir a cartilha estabelecida pela entidade em termos financeiros.
Cidades norte-americanas e canadenses se recusam a receber a Copa do Mundo de 2026, alegando que não aceitarão dar um "cheque em branco" para a Fifa ou seguir a cartilha estabelecida pela entidade em termos financeiros.
Nesta sexta-feira (16), os organizadores da candidatura conjunta de Estados Unidos, México e Canadá apresentam o plano para a entidade máxima do futebol sobre como pretendem organizar o Mundial. Em junho, a Fifa escolherá entre o trio da América do Norte e a candidatura do Marrocos.
No total, o projeto americano aponta para 23 cidades que poderiam receber a Copa. Dezessete delas estão nos EUA e incluirão locais como Arlington (Texas), Atlanta, Baltimore, Cincinnati, Denver, East Rutherford (New Jersey), Foxborough (Massachusetts), Houston, Inglewood ou Pasadena (Caliórnia), Kansas City, Landover (Maryland), Miami, Nashville (Tennessee), Orlando, Santa Clara e Seattle.
Em comparação ao Mundial de 1994, nos EUA, apenas duas sedes daquela Copa do Mundo poderão voltar a receber o evento: Pasadena e Orlando.
Mas é a ausência de algumas grandes cidades que chama a atenção. Chicago e Minneapolis se recusaram a aceitar as condições impostas pela Fifa, principalmente no que se refere às garantias que teriam de dar sobre bancar qualquer tipo de risco ou déficit. Um dos critérios adotados pela Fifa é de que qualquer perda financeira precisa ser coberta pela cidade-sede.
No caso de Chicago, a cidade é a sede da US Soccer, a federação que controla o futebol nos EUA. "A incerteza para contribuintes, aliada à falta de vontade da Fifa em negociar, eram claras indicações de que a campanha não era do melhor interesse de Chicago", declarou o prefeito Rahm Emanuel.
No Canadá, a resistência também foi clara. Vancouver, uma das principais cidades do país e sede da final do Mundial Feminino de Futebol em 2015, se recusou a assinar as condições impostas pela Fifa. Para as autoridades locais, não havia possibilidade em dar um "cheque em branco" para a entidade máxima do futebol.
Uma situação ainda mais curiosa envolve Edmonton. Ainda que a cidade faça parte da candidatura apresentada nesta semana, seu governo anunciou horas depois que retiraria o nome do local da lista de possíveis sedes. Ricardo Miranda, ministro do Turismo do estado de Alberta, indicou que as informações sobre as condições eram "insuficientes" e que ele não estava disposto a deixar os contribuintes arcarem com eventuais perdas do evento.
A parte canadense da candidatura, portanto, se limitará a jogos em Toronto e Montreal. Do lado mexicano, três cidades foram confirmadas: Guadalajara, Cidade do Mexico e Monterrey.
Apesar da recusa de algumas das principais cidades, os organizadores americanos insistem que a Copa de 2026 terá a maior capacidade média de espectador por jogo. Em média, 68 mil lugares poderão ser vendidos por jogo. Três dos estádios da candidatura contam com mais de 87 mil lugares. Os dados da Fifa ainda indicam que a entidade pode ganhar US$ 300 milhões a mais num Mundial na América do Norte em vendas de direitos de TV, em comparação ao que poderia obter no Marrocos.
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