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Feira

- Publicada em 04 de Março de 2018 às 21:19

Abre nesta segunda-feira o parque da agricultura digital

Expodireto, feira, Cotrial, Adavilson Krombrauer, Divulgação

Expodireto, feira, Cotrial, Adavilson Krombrauer, Divulgação


/ADAVILSON KROMBRAUER/DIVULGAÇÃO/JC
O tradicional foco de negócios da Expodireto Cotrijal, que neste ano chega a sua 19ª edição, são as máquinas. E o que mais chama a atenção dos visitantes são os grandes maquinários.
O tradicional foco de negócios da Expodireto Cotrijal, que neste ano chega a sua 19ª edição, são as máquinas. E o que mais chama a atenção dos visitantes são os grandes maquinários.
Mas o motor de boa parte dos negócios está em peças minúsculas (os chips) ou até mesmo imperceptíveis (como softwares). "São sistemas de automatização, softwares de gestão e controles, por exemplo, que podem ajudar no fechamento de até 20% a mais de negócios neste ano", ressalta Nei César Mânica, presidente da Cotrijal, ao destacar que agricultura digital estará mais presente do que nunca na feira.
Para o secretário de Agricultura do Estado, Ernani Polo, a feira vai além de um espaço de compra e venda ao se confirmar como uma central de conhecimento avançado do agronegócio, reunindo novas tecnologias, inovações em cultivares e máquinas.
Com mais de 500 expositores, pode-se dizer que quase tudo que é importante para o produtor estará reunido, de alguma forma, em Não-Me-Toque, no Norte do Estado, de hoje a 9 de março. "É um local de negócios, mas também um espaço nobre de informação e conhecimento sobre agricultura e pecuária, com palestras, fóruns e debates referentes a temas importantes, passando pela soja e pelo milho até questões como solo e água, sucessão no campo e mercado", destaca Polo.
É a necessidade de atualização, diz Gelson Melo de Lima, superintendente de produção agropecuária da Cotrijal, que leva milhares de produtores aos parques. No ano passado, foram 240 mil visitantes em busca dessa troca de experiência e procurando se manter em dia com as novidades. "Hoje, de acordo com alguns estudos, as informações sobre o agronegócio e as tecnologias lançadas duplicam a cada 14 meses. Isso motiva o produtor a voltar ano a ano, independentemente da intenção de compra", explica Lima, ao completar que o interesse do produtor, somado ao que é apresentado na feira, ajuda a forma a massa crítica e melhor uso dos recursos.
Mas, ainda que a feira tenha boas perspectivas de negócios - que foram de R$ 2,1 bilhões no ano passado -, o presidente da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Gedeão Pereira, é mais reticente quanto à possibilidade de aumento nas vendas. Isso porque o momento no agronegócio é de certa apreensão, diz Pereira. Apesar de a soja, principal cultura gaúcha, estar apresentando recuperação de preços, culturas como arroz, pecuária de leite, milho e trigo enfrentam problemas. Outro gargalo está nos financiamentos, já que o Plano Safra trouxe juros pouco atraentes, com linhas oferecidas muito próximas da taxa Selic, que vem em queda, retirando boa parte das vantagens existente em outros anos. "O acesso ao crédito não é ilimitado. Vale ressaltar que, nos últimos anos, o agricultor renovou seu parque de máquinas. Ele está com o bolso já comprometido com o pagamento de parcelas de anos anteriores", ressalta o presidente da Farsul.
Com uma perspectiva intermediária entre o otimismo de Mânica e as reservas de Pereira quanto ao incremento dos negócios na Expodireto, o presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas (Simers-RS), Claudio Bier, acredita que, se as vendas alcançarem alta de 10% sobre 2017, já será motivo para comemoração. "Existem restrições provocadas pela estiagem na Metade Sul, afetando parte da produção. Mas há certo estímulo que vem da melhora do preço da soja, que está com bom desenvolvimento no Norte do Estado", avalia Bier.
Para o presidente do Simers, a recente alta na cotação da oleaginosa ganha mais peso nas receitas daquele produtor que já estava melhor capitalizado e evitou vender o grão no ano passado, quando o preço estava muito baixo. "Esse agricultor que tem estoque conta com perspectiva melhor de renda no horizonte e pode vir a investir já durante a feira", opina Bier.

A feira e alguns destaques da programação

  • Data da feira: De 5 a 9 de março, no Parque de Exposições Cotrijal, na RS-142, km 24, Centro de Não-Me-Toque
  • Horário: das 8h às 18h, com entrada franca
  • Estacionamento: R$ 25,00 (carros e motocicletas), R$ 30,00 (ônibus e vans) e R$ 100,00 (passe livre para a feira, todos os dias, com entrada e saída liberada)