O aumento astronômico dos valores das criptomoedas desencadeou uma febre de cryptojacking no ano passado, ataque em que os criminosos roubam do processamento de computadores para minerar moedas. Esse tipo de crime aumentou 8.500% em 2017.
"O cryptojacking é uma ameaça crescente à segurança cibernética e pessoal", afirma o presidente e COO da Symantec, Mike Fey. Segundo ele, o incentivo de alta lucratividade coloca pessoas, dispositivos e organizações em risco de ter mineradores de moedas não autorizados usando os recursos de seus sistemas. Isso motiva ainda mais os criminosos a se infiltrarem em tudo, de PCs domésticos a data centers gigantes. Os dados fazem parte do Internet Security Threat Report, Volume 23, relatório anual de segurança da Symantec.
"Neste momento, você pode estar disputando os recursos do seu telefone, computador ou dispositivo da Internet das Coisas (IoT), com hackers que os estão utilizando para gerar lucro", alerta o diretor do Symantec Security Response, Kevin Haley. "As pessoas precisam expandir suas defesas, ou vão pagar o preço de terem terceiros usando seus dispositivos", recomenda.
O uso das máquinas para mineração pode deixar dispositivos mais lentos, superaquecer baterias e, em alguns casos, inutilizar dispositivos. No caso das empresas, os mineradores podem causar um risco de desativação das redes corporativas e aumentar o uso da CPU pela nuvem, adicionando custos.
O relatório analisa os dados da Symantec Global Intelligence Network, que rastreia mais de 700 mil adversários globais, registra os eventos de 126,5 milhões de sensores de ataque espalhados pelo mundo e monitora as atividades das ameaças em mais de 157 países.