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Economia

- Publicada em 26 de Março de 2018 às 22:12

Meirelles tenta convencer público de que crescimento é sustentável

Thiago Copetti
Em evento fechando a empresários e executivos convidados pelo Lide Sul, no Country Club, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, despejou números para convencer planteia de que o Brasil vive um "crescimento sustentado".
Em evento fechando a empresários e executivos convidados pelo Lide Sul, no Country Club, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, despejou números para convencer planteia de que o Brasil vive um "crescimento sustentado".
Nitidamente jogando para a "torcida", mesmo já tendo confirmado que deve deixar em breve o comando da pasta para concorrer, afirmou que o governo irá reduzir em 60% as 2,6 mil horas gastas  atualmente por uma empresas com burocracias tributárias. Aparentemente, porém, não convenceu e nem animou o público. "Isso será feito com a adoção da digitalização, tornando o processo muito mais ágil chegaremos a reduzir pra 1,2 mil horas, dentre de um projeto de simplificação tributária", detalhou o ministro da Fazenda.
Ao defender o discurso de que o atual governo é responsável por um crescimento econômico consistente, e não apenas momentâneo, Meirelles também fez "subir algumas sobrancelhas" de incredulidade entre os presentes. Isso porque os dados apresentados - como de aumento dos investimentos em máquinas e equipamentos e consumo de bens duráveis - vêm após grandes quedas. De acordo com o ministro, os investimentos em bens de capital cresceram 17,6% entre o primeiro e o segundo semestre de 2017 e o investimento das famílias em bens duráveis, como geladeiras e fogões, teve alta de 24,6% no mesmo período.
"O crescimento atual tem condições de se manter em torno de 3% ao ano, por três ou quatro anos, devido a capacidade ociosa das empresas e ao hiato de produção existente hoje. Agora, isso parte do pressuposto que todas a reformas, como a da Previdência, vão continuar", defendeu o ministro.
Sobre um tema que realmente agradaria empresários e gestores (a redução de tributos), Meirelles esquivou-se. "A carga realmente é muito elevada, mas antes de reduzir impostos temos de enxugar a máquina pública e reduzir as despesas", justificou Meirelles. O trabalho de enxugamento, disse, já teria sido iniciado no governo de Michel Temer. De acordo com o ministro, os gastos da União para se manter funcionando consumia o equivalente a 10% do PIB em 1991 e subiu para 20% em 2016, mas que foi reduzido para 16,5% no ano passado. "Resumidamente, temos indicadores do governo, das empresas e das famílias que comprovam a confiança na continuidade do crescimento", destacou Meirelles, explicando o seu entusiasmo quanto à continuidade do avanço do PIB brasileiro.
Com a saída de Henrique Meirelles do Ministério da Fazenda para tentar viabilizar uma candidatura à presidência da República, a pasta deve ser assumida pelo atual secretário executivo, Eduardo Guardia. Segundo interlocutores da área econômica, Meirelles negociou com o presidente Michel Temer a indicação de seu sucessor.
O ministro da Fazenda ainda tenta interferir no Ministério do Planejamento, comandado por Dyogo Oliveira. Neste caso, afirmam fontes ligadas à equipe econômica, Meirelles gostaria de colocar o atual secretário de Acompanhamento Fiscal, Energia e Loteria, Mansueto Almeida, na pasta. Oliveira pode ir para o Bndes, uma vez que Paulo Rabello de Castro vai deixar o comando da instituição para se candidatar à presidência pelo PSC.
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