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Economia

- Publicada em 26 de Março de 2018 às 01:04

BC vai aprovar nomeações de bancos federais

Decisão foi tomada pelo presidente Temer após reunião com Meirelles

Decisão foi tomada pelo presidente Temer após reunião com Meirelles


/BETO BARATA/AGÊNCIA PR/JC
O presidente Michel Temer determinou que o Banco Central (BC) deverá aprovar as nomeações de dirigentes dos bancos públicos federais, que serão indicados, a partir de agora, com base em critérios técnicos. Em reunião, na manhã deste domingo, com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o presidente afirmou que é necessário estender as regras de nomeação que constam da Lei das Estatais para integrantes dos conselhos administrativos e executivos da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil (BB), do Banco do Nordeste e do Banco da Amazônia.
O presidente Michel Temer determinou que o Banco Central (BC) deverá aprovar as nomeações de dirigentes dos bancos públicos federais, que serão indicados, a partir de agora, com base em critérios técnicos. Em reunião, na manhã deste domingo, com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o presidente afirmou que é necessário estender as regras de nomeação que constam da Lei das Estatais para integrantes dos conselhos administrativos e executivos da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil (BB), do Banco do Nordeste e do Banco da Amazônia.
No comando dessas instituições, há diversas indicações políticas de partidos da base do governo, como PP, PMDB, PSB, DEM, PSDB, entre outros, mesmo naquelas já enquadradas na nova legislação. Os dirigentes, agora, precisarão ser pessoas "tecnicamente qualificadas", nas palavras de um assessor de Temer, e conseguir o aval do BC, que funcionará como uma espécie de órgão de avaliação, com poder de veto, para os indicados.
Um decreto ou projeto de lei deve ser divulgado ainda nesta semana. A Lei das Estatais, elaborada na esteira do escândalo de corrupção descoberto na Petrobras pela Operação Lava Jato e sancionada em 2016, estabelece regras para indicações para diretores e integrantes dos conselhos de administração. Entre elas, proíbe a indicação de pessoas que tenham atuado como dirigentes de partido político e de titulares de mandato no Legislativo de qualquer ente da Federação, ainda que licenciados desses cargos.
Hoje, bancos privados e estaduais precisam encaminhar ao BC o currículo dos nomes propostos para cargos de direção das instituições - membros dos conselhos de administração e executivos - para aprovação técnica. As indicações só se realizam após a manifestação positiva do BC. Com a determinação de Temer, o mesmo critério deverá ser aplicado aos bancos vinculados ao governo federal.
O discurso oficial é de que "é preciso qualificar" os dirigentes do sistema financeiro e "estender os avanços" da Lei das Estatais, aprovada por Temer no fim de 2016, para o setor de bancos. Para as nomeações, a legislação exige, entre outros critérios, 10 anos de atuação em cargos de empresas do setor ou quatro anos em companhias similares como experiência profissional.
O movimento ocorre às vésperas da reforma ministerial que o presidente fará para tentar amarrar os partidos de sua base a seu projeto eleitoral - seja ele o de reeleição ou o de um candidato do governo, como Meirelles. O presidente da Caixa, Gilberto Occhi, foi indicado pela cúpula do PP ao cargo e, agora, deve assumir o ministério da Saúde. Recentemente, a cúpula da Caixa foi alvo de um escândalo que afastou quatro executivos por suspeita de corrupção.
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