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Economia

- Publicada em 23 de Março de 2018 às 19:06

Com tensões comerciais, bolsas de Nova Iorque têm pior semana desde janeiro de 2016

Agência Estado
Em um cenário em que as tensões comerciais entre Estados Unidos e China continuaram no foco, os mercados acionários americanos deram prosseguimento nesta sexta-feira (23) às baixas apresentadas na sessão anterior e encerraram o pregão no vermelho. A possibilidade de uma guerra comercial entre os dois países fez com que os principais índices apresentassem recuo superior a 4% na semana, configurando o pior desempenho semanal desde janeiro de 2016.
Em um cenário em que as tensões comerciais entre Estados Unidos e China continuaram no foco, os mercados acionários americanos deram prosseguimento nesta sexta-feira (23) às baixas apresentadas na sessão anterior e encerraram o pregão no vermelho. A possibilidade de uma guerra comercial entre os dois países fez com que os principais índices apresentassem recuo superior a 4% na semana, configurando o pior desempenho semanal desde janeiro de 2016.
Após perder mais de 700 pontos na quinta-feira, o índice Dow Jones fechou em queda de 1,77%, aos 23.533,20 pontos, deixando para trás mais de 400 pontos. O S&P 500 abandonou a marca dos 2.600 pontos ao recuar 2,10%, aos 2.588,26 pontos; enquanto o Nasdaq perdeu o nível dos 7 mil pontos, ao baixar 2,43%, aos 6.992,67 pontos.
Uma nova onda vendedora deu as caras em Nova Iorque no fim do pregão, onde as bolsas renovaram sucessivas mínimas e abandonaram por completo a tentativa de recuperação vista durante o pregão. As tensões comerciais continuaram a ser o motivo da cautela empregada pelos investidores. A China já havia alertado sobre retaliação caso os EUA mantivessem sobre a mesa a promessa de aplicar tarifas alegando roubo de propriedade intelectual. Com a investida do presidente dos EUA, Donald Trump, na quinta-feira, Pequim não titubeou e anunciou a imposição de barreiras de US$ 3 bilhões contra produtos americanos.
"O desenvolvimento das tensões entre EUA e China deve se intensificar neste ano, embora uma guerra comercial completa continue a ser algo pouco provável", escreveram os economistas Wei Li e Shuang Ding, do Standard Chartered, em nota a clientes.
Também fazendo um alerta contra o protecionismo e contra os riscos de uma guerra comercial, o diretor geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, afirmou que ações tomadas fora dos processos coletivos da organização "aumentam muito o risco de escalada em um confronto que não terá vencedores". Para ele, esses atos podem levar, rapidamente, a uma perturbação nos fluxos de comércio, "o que comprometerá a economia global em um momento em que a recuperação econômica, apesar de frágil, tem sido cada vez mais evidente em todo o mundo".
A recuperação econômica, por sua vez, foi vista em dados da própria economia americana. De acordo com o Departamento do Comércio, as encomendas de bens duráveis cresceram 3,1% na passagem de janeiro para fevereiro, em um resultado bastante superior ao esperado (+1,5%). O indicador chegou a fazer com que as bolsas em Nova Iorque operassem em alta no início do pregão.
Além disso, Trump sancionou o projeto orçamentário aprovado no Congresso que impede uma nova paralisação do governo e garante o financiamento à administração federal até setembro. O aumento dos gastos com defesa fez com que esse setor divergisse da maré baixista: a Boeing subiu 0,43%, a Lockheed Martin avançou 2,80% e a Raytheon ganhou 2,61%.
As perdas, por sua vez, foram generalizadas. Todos os segmentos do S&P 500 terminaram no vermelho. O subíndice financeiro caiu 2,99% e o de tecnologia recuou 2,73%. Entre os bancos, o Morgan Stanley despencou 4,70% e o Bank of America teve baixa de 4,52%. Nas ações de tecnologia, o Facebook perdeu 3,34% e a Amazon cedeu 3,19%.
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