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Logística

- Publicada em 22 de Março de 2018 às 22:40

Fraport dá a largada para obras do aeroporto Salgado Filho

Autoridades realizaram o lançamento da pedra fundamental

Autoridades realizaram o lançamento da pedra fundamental


/FREDY VIEIRA/JC
Aguardadas desde o leilão de concessão vencido pela empresa alemã Fraport, há exatamente um ano, as obras de ampliação e melhorias no aeroporto Salgado Filho estão, oficialmente, em andamento. A pedra fundamental da reformulação, estimada em R$ 1,5 bilhão, foi lançada nesta quinta-feira. Todas as edificações acertadas no contrato precisam ser entregues até outubro de 2019, com exceção da ampliação da pista, cujo prazo se estende até dezembro de 2021.
Aguardadas desde o leilão de concessão vencido pela empresa alemã Fraport, há exatamente um ano, as obras de ampliação e melhorias no aeroporto Salgado Filho estão, oficialmente, em andamento. A pedra fundamental da reformulação, estimada em R$ 1,5 bilhão, foi lançada nesta quinta-feira. Todas as edificações acertadas no contrato precisam ser entregues até outubro de 2019, com exceção da ampliação da pista, cujo prazo se estende até dezembro de 2021.
Inicialmente, estão sendo tocadas a construção de uma nova subestação de energia, a demolição do esqueleto da ampliação do terminal de passageiros iniciada pela Infraero e melhorias gerais no atual terminal, como reformas nos banheiros e amplificação do sinal de Wi-Fi. As obras estão sob responsabilidade do consórcio formado pelas construtoras HTB, Tedesco e Barbosa Mello, que estimam a criação de mil empregos durante o processo.
A largada nas obras marca o fim da primeira fase da concessão, destinada às etapas legais e burocráticas e à transição da administração do Salgado Filho da Infraero para a empresa alemã. A CEO da Fraport no Brasil, Andreea Pal, classificou o trabalho da equipe nos últimos 12 meses como "fazer o impossível se tornar possível", pela brevidade do prazo. A executiva também saudou a parceria com os entes públicos, informando que "quase todas as licenças" já foram obtidas para a reformulação do aeroporto, que espera "ser um guia para o desenvolvimento do Estado e da cidade".
A sequência, agora, está com o consórcio formado pelas construtoras, contratadas sob a modalidade EPC - que engloba tanto a engenharia quanto a compra dos insumos e a construção em si. O diretor presidente da HTB (que controla a gaúcha Tedesco), Detlef Dralle, não titubeou ao chamamento. "Deixa com a gente", brincou. "Para nós, é a possibilidade de mostrar que dá, sim, para fazer obra de infraestrutura com qualidade, dentro do prazo e da verba", declarou Dralle, usando como cacife para o compromisso a experiência do consórcio em projetos como a reforma do Beira-Rio e a ampliação do Hospital Moinhos de Vento. Na semana que vem, uma rodada de negócios entre Fraport e HTB será realizada com empresas gaúchas em busca de fornecedores locais para as obras.
Até outubro de 2019, por força de contrato, a Fraport precisa entregar um pátio para 22 aeronaves, um novo edifício-garagem para 4,3 mil vagas, adequações para taxeamento e sistemas de inspeção de cargas e bagagens, além da ampliação do terminal de passageiros para processar, simultaneamente, 2.750 pessoas no embarque e 2.250 no desembarque. Mesmo com o prazo correndo, a estrutura que já havia sido erguida pela Infraero, herança das obras da Copa do Mundo de 2014 que nunca chegou perto de ser concluída e de custo milionário, será completamente demolida.
Na cerimônia, o governador José Ivo Sartori defendeu que o lançamento da pedra fundamental é a materialização de uma nova realidade para o Estado. "A obra do Salgado Filho é muito desejada e esperada, e, a cada passo que dá, fica mais próxima para todos os gaúchos", declarou. Sartori ainda defendeu que a melhoria no aeroporto marcará a transformação do papel do Rio Grande do Sul no Mercosul, projetando, com os ganhos logísticos esperados, a conquista dos mercados vizinhos por produtos gaúchos. "Este é um dos maiores investimentos no Estado na década, não só em montante, mas nos efeitos multiplicadores de seus benefícios", defendeu o governador.

Sobre a Fraport

Fraport Brasil-Porto Alegre e Fraport Brasil-Fortaleza são subsidiárias da Fraport AG Frankfurt Airport Services Worldwide, uma das empresas líderes no mercado global de aeroportos, que oferece uma gama completa de serviços de gerenciamento e consultoria.
As empresas foram estabelecidas no País quando Fraport AG conquistou, via licitação internacional do governo federal, a concessão dos aeroportos de Fortaleza e Porto Alegre pelos próximos 30 e 25 anos, respectivamente.
Proprietária e operadora do aeroporto de Frankfurt, maior aeroporto da Alemanha, com mais de 64 milhões de passageiros por ano, a Fraport AG opera em 30 aeroportos pelo mundo.
A Fraport AG arrematou o Aeroporto Internacional Salgado Filho por R$ 382 milhões, dos quais R$ 290,5 milhões foram pagos no ato da concessão ao governo federal.
 

Aumento da pista ainda depende de remoção de famílias

Para a concessionária, transferência dos moradores se dará no prazo

Para a concessionária, transferência dos moradores se dará no prazo


/FREDY VIEIRA/JC
Dentro do contrato da Fraport com o consórcio formado pelas construtoras HTB, Tedesco e Barbosa Mello está, também, a realização da tão debatida ampliação da pista de pousos e decolagens do Salgado Filho. Pela complexidade da operação, entretanto, a administradora do aeroporto ganhou um prazo maior para a entrega, até dezembro de 2021. A Fraport vincula o andamento da obra à remoção, pela prefeitura de Porto Alegre, de 364 famílias da Vila Nazaré, vizinha ao fim do traçado.
Segundo a CEO da Fraport no Brasil, Andreea Pal, a empresa acredita que a transferência dos moradores se efetivará dentro do prazo necessário, citando que há embasamento legal para tal. Sem a desocupação do espaço, necessária para a criação de zonas de segurança de pista, não seria possível utilizar o novo traçado.
O prefeito da Capital, Nelson Marchezan Júnior, defendeu que o processo estaria adiantado. As famílias que residem nessa área serão realocadas para o loteamento Senhor do Bonfim, no bairro Sarandi, que teve sua posse reintegrada pela Caixa Econômica Federal no mês passado. O banco, responsável pela construção, agora, faz a reforma das casas para poder entregá-las às famílias.
"Local para as famílias existe, o entrave que temos, agora, é o recadastramento, ver quem tem direito, quem já se mudou", diz Marchezan, que cita dificuldades com "poderes locais" nesse processo. Outras cerca de mil famílias da Vila Nazaré que não interferem diretamente na ampliação da pista também serão transferidas, mas para o loteamento Irmãos Maristas, no bairro Mário Quintana, com prazo de entrega previsto para o fim de 2018.