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Economia

- Publicada em 21 de Março de 2018 às 23:50

Recessão fez Idese ter queda de 0,8% em 2015

Guilherme Daroit
Auge da crise econômica no Brasil, 2015 foi, também, um ano de redução no desenvolvimento socioeconômico do Rio Grande do Sul. A constatação é do Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (Idese), que caiu de 0,757, em 2014, para 0,751 no ano seguinte, diminuição de 0,8%. É a primeira queda na atual série histórica do índice, iniciada em 2007, e não há dúvidas quanto ao seu motivo: mesmo com os eixos Educação e Saúde apresentando melhorias ( 0,2% e 0,5%, respectivamente), o eixo Renda, com forte queda de 3,1%, mais do que compensou os efeitos.
Auge da crise econômica no Brasil, 2015 foi, também, um ano de redução no desenvolvimento socioeconômico do Rio Grande do Sul. A constatação é do Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (Idese), que caiu de 0,757, em 2014, para 0,751 no ano seguinte, diminuição de 0,8%. É a primeira queda na atual série histórica do índice, iniciada em 2007, e não há dúvidas quanto ao seu motivo: mesmo com os eixos Educação e Saúde apresentando melhorias ( 0,2% e 0,5%, respectivamente), o eixo Renda, com forte queda de 3,1%, mais do que compensou os efeitos.
Calculado pela Fundação de Economia e Estatística (FEE), o Idese é mensurado de acordo com os três blocos, cada um respondendo por um terço do peso do índice geral. Ao todo, são levados em conta 19 indicadores, entre eles a escolarização entre adultos, os resultados dos estudantes de Ensino Fundamental na Prova Brasil, a longevidade e a mortalidade infantil, por exemplo, com o objetivo de entender a situação geral do Estado e permitir a comparação entre os municípios e regiões gaúchas.
Segundo o coordenador do Núcleo de Indicadores Sociais da FEE, Rafael Bernardini, o fato de ser restrito ao Rio Grande do Sul permite que o Idese leve em conta indicadores específicos à realidade gaúcha, sendo, portanto, um retrato mais fiel do que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), por exemplo.
No bloco Renda, por exemplo, são utilizados a renda per capita e o Produto Interno Bruto (PIB) per capita. O resultado encontrado para a Renda em 2015, de 0,739, é praticamente o mesmo de 2012 - e, apenas no item que leva em conta o PIB, o recuo é ainda maior, para os patamares de 2011. "Houve grande queda, entretanto, também na apropriação da renda (-4%), ou seja, os salários, pois foi em 2015 que o desemprego começou a estourar no Rio Grande do Sul", acrescenta Bernardini.
Já sobre os outros blocos, o pesquisador argumenta, ainda, que a Educação poderia ter contribuído mais para amenizar os efeitos da queda na renda dos gaúchos. O motivo é que, embora quatro dos cinco indicadores utilizados tenha registrado aumento, um deles, o que mede o percentual de jovens matriculados no Ensino Médio, registrou queda, de 4,44%. A redução, ainda que venha acontecendo repetidamente nos últimos anos, chama a atenção dos pesquisadores, que não identificaram as causas. "Temos hipóteses, como a própria recessão e as repetências no Ensino Fundamental, que atrasam a chegada no Ensino Médio", comenta Bernardini.
Por fim, no eixo Saúde, que é historicamente onde o Rio Grande do Sul tem os seus melhores resultados, a tendência teve continuidade, com crescimento em todos os quesitos (saúde materno-infantil, condições gerais de saúde e longevidade).
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