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Economia

- Publicada em 18 de Março de 2018 às 19:37

Companhias brasileiras buscam outros mercados

O investidor brasileiro ficou de fora da oferta de ações de maior sucesso de uma companhia nacional nos últimos anos. A PagSeguro, dona das máquinas de pagamento "moderninha" e "minizinha", escolheu a Bolsa de Nova Iorque (Nyse) para vender suas ações. Conseguiu R$ 7,4 bilhões, e a quantidade de investidores interessados era suficiente para comprar quase 15 vezes o total de papéis ofertado. Na estreia, as ações valorizaram 36%.
O investidor brasileiro ficou de fora da oferta de ações de maior sucesso de uma companhia nacional nos últimos anos. A PagSeguro, dona das máquinas de pagamento "moderninha" e "minizinha", escolheu a Bolsa de Nova Iorque (Nyse) para vender suas ações. Conseguiu R$ 7,4 bilhões, e a quantidade de investidores interessados era suficiente para comprar quase 15 vezes o total de papéis ofertado. Na estreia, as ações valorizaram 36%.
Escolher uma bolsa de outro país para vender suas ações é uma prática comum entre as empresas, acirrada pelas próprias bolsas internacionais. Os motivos são vários. A bolsa local pode não ter investidores suficientes para ficar com as ações. A empresa pode estar à procura de mais liquidez. E ter ações avaliadas em uma moeda como o dólar pode facilitar uma negociação para venda ou fusão.
Mas o principal motivo é evitar as chamadas barreiras de investimento: ao listar os papéis em outra bolsa, a empresa pode ter acesso a outro tipo de investidor - focado exatamente no seu negócio, mas que só pode investir, por exemplo, em companhias acompanhadas pela SEC - a xerife do mercado de capitais norte-americano. Esse parece ter sido o caso da PagSeguro, que lá encontrou investidores dedicados a seu negócio e dispostos a pagar mais por ele. Antes dela, em abril do ano passado, a varejista on-line brasileira Netshoes já havia escolhido a Nyse, embora sem tanto sucesso. A Nexa Resources (ex-Votorantim Metais), também ficou de fora da B3 e optou por um processo de dupla listagem, na Nyse e na Bolsa de Toronto. E a aérea Azul seguiu o mesmo modelo, mas colocando papéis em Nova Iorque e na B3.
Tiago Isaac, superintendente de relacionamento com empresas e estruturadores de ofertas da B3, avalia que as operações de empresas brasileiras apenas no exterior estão bem longe de ser uma tendência. No ano passado, 28 empresas brasileiras captaram US$ 14 bilhões vendendo ações. Dessas, 23 acionaram apenas a B3 e somaram US$ 11,4 bilhões (85%) do total; três tiveram captações no Brasil e no exterior (US$ 1,9 bilhão); e duas foram exclusivamente lá fora (US$ 700 milhões). "Os números mostram que essas operações não são significativas", afirma.
 
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