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Crédito

- Publicada em 14 de Março de 2018 às 18:28

Para limpar nome, 36% dos brasileiros buscam acordo

Inclusão do CPF no cadastro de devedores motiva a renegociação

Inclusão do CPF no cadastro de devedores motiva a renegociação


/MARCOS NAGELSTEIN/arquivo/JC
O acordo com o credor tem se consolidado cada vez mais como estratégia para o consumidor inadimplente limpar seu nome e se reabilitar a novas operações de créditos. Nos últimos 12 meses, por exemplo, 36% de um total de 800 consumidores ouvidos em uma pesquisa conduzida pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) buscaram acordo com seus credores.
O acordo com o credor tem se consolidado cada vez mais como estratégia para o consumidor inadimplente limpar seu nome e se reabilitar a novas operações de créditos. Nos últimos 12 meses, por exemplo, 36% de um total de 800 consumidores ouvidos em uma pesquisa conduzida pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) buscaram acordo com seus credores.
O segundo recurso mais utilizado, por 24% dos consultados, é a economia de gastos ou de cortes no orçamento, seguida da geração de renda extra, com 18% das respostas e do uso do 13º salário, para 11% do universo pesquisado. Outros 8% optaram por contrair um empréstimo consignado.
A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, observa que o melhor caminho para colocar as finanças em ordem é planejar, negociar e procurar prazos e condições de pagamentos realistas e que caibam dentro do orçamento. Pelo levantamento, 72% dos entrevistados tentaram renegociar as dívidas após terem o Cadastro da Pessoa Física (CPF) negativado, sendo que 45% tiveram a iniciativa de propor um acordo direto e 27% foram procurados pela empresa, que ofereceu novas condições para acertarem as contas.
O consumidor, em geral, se sente envergonhado por ter deixado de honrar suas dívidas. A vergonha tira dele a coragem para encarar o credor de frente. Por isso, talvez, o telefone tenha se mantido como o método mais comum para renegociar dívidas. A internet também ganha relevância. Está presente em 29% dos casos, segundo a pesquisa.
Pensando no constrangimento sofrido pelo devedor, o SPC Brasil criou, em seu site, uma ferramenta chamada "Recupera". De acordo com o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Júnior, a ferramenta recebeu este nome porque a recuperação se dá para os dois lados.
"A empresa credora recupera o dinheiro; e o consumidor, seu crédito. É uma ferramenta em que o consumidor inadimplente poderá entrar no site e renegociar dentro dos parâmetros da empresa todas as dívidas", disse o executivo. Do lado ativo, segundo Pellizzaro, se o consumidor deixar o telefone celular, poderá receber mensagens por SMS com informações sobre onde poderá renegociar sua dívida.
Outra descoberta feita pelo levantamento do SPC Brasil e da CNDL é que a dívida média do brasileiro diminuiu de R$ 2,9 mil para R$ 1,5 mil. A pesquisa revela, ainda, que o cartão de crédito é a modalidade que mais causa inadimplência, com 53% das citações.

Para Abecs, novo crediário não substitui parcelado sem juros

A opção de pagamento por meio do novo crediário, que é o parcelado com juros, não irá substituir a modalidade de parcelado sem juros no cartão de crédito, mas será uma alternativa no leque, disse o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito (Abecs), Fernando Chacon. O executivo lembrou que o "novo crediário" não é o nome dessa modalidade, que será, futuramente, batizado.
"Precisamos pagar o lojista em um prazo curto e financiar o consumidor em juros competitivos. Esse será mais uma opção de financiamento", disse Chacon, em palestra no Congresso de Meios Eletrônicos de Pagamento (Cmep). Atualmente, o varejo recebe o pagamento com cartão de crédito após 30 dias.
"Com esse modelo, há redução do prazo de pagamento ao lojista, propicia a prática de diferenciação de preços e amplia o prazo do financiamento, atualmente limitado a 12 vezes no modelo de parcelado sem juros", destaca o presidente da Elo, Eduardo Chedid.