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17,7 mil empregos criados em janeiro no Rio Grande do Sul, 10,2 mil admissões foram registradas pelo setor do agronegócio. O índice representa 57,6% dos postos de trabalho com carteira assinada gerados no Estado, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (8) pela Fundação de Economia e Estatística (FEE).
Ao todo, o agronegócio gaúcho registrou 20.713 admissões e 10.431 demissões, resultando num saldo positivo de 10.282 empregos criados durante o primeiro mês de 2018. Na comparação com o mesmo período de anos anteriores, a criação de postos de trabalho em janeiro foi recorde, desde o início da série histórica calculada pela FEE. Em relação a dezembro de 2017, o número representa um aumento de 3,2% no estoque estimado de empregos da área.
Conforme o economista Rodrigo Feix, coordenador do Núcleo de Estudos do Agronegócio, a variação positiva representa um movimento sazonal, típico do primeiro trimestre do ano. “Esse fenômeno pode ser explicado, sobretudo, pela mobilização de mão de obra para a safra de verão. Assim, uma parcela expressiva das contratações é realizada por tempo determinado”, explica Feix.
A geração de empregos em janeiro foi determinada principalmente por atividades características da agropecuária, como produção de lavouras permanentes e temporárias, que somam, juntas 7.497 postos criados. Segundo o pesquisador, o setor foi influenciado pela sazonalidade da cultura da maçã, que, nos primeiros meses do ano, demanda mão de obra para a colheita, sobretudo nas regiões da Serra e dos Campos de Cima da Serra.
Nas lavouras temporárias, o avanço no desenvolvimento das culturas agrícolas de verão acelerou o ritmo de contratações, em especial nas atividades de cultivo de cereais e da soja.
Também houve criação de empregos nas atividades do segmento “depois da porteira”, formado predominantemente por atividades agroindustriais, que somou 2739 novas vagas. O único ramo negativo foi o de fabricação de conservas, que registrou a perda de 153 postos de trabalho no Rio Grande do Sul.
O segmento constituído por atividades dedicadas ao fornecimento de insumos, máquinas e equipamentos para a agropecuária foi o único do agronegócio gaúcho a diminuir empregos em janeiro. Foram perdidos 35 postos nesse segmento.