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Cultura

- Publicada em 08 de Março de 2018 às 14:01

Espetáculo premiado na Broadway tem sessões em Porto Alegre

Master Class conta a história de Maria Callas, uma das maiores sopranos do mundo

Master Class conta a história de Maria Callas, uma das maiores sopranos do mundo


PRISCILA PRADE/DIVULGAÇÃO/JC
Luiza Fritzen
Premiado na Broadway, o espetáculo Master Class chega a Porto Alegre neste fim de semana com três apresentações no Theatro São Pedro (Praça Marechal Deodoro, s/nº). A peça foi escrita pelo norte-americano Terrence McNally e conta a história de Maria Callas, uma das maiores sopranos do mundo. No Brasil, a remontagem é estrelada pela atriz Christiane Torloni, com direção de José Possi Neto. As sessões acontecem sexta-feira e sábado, às 21h, e domingo, às 18h, com ingressos que variam de R$ 50,00 a R$ 100,00.
Premiado na Broadway, o espetáculo Master Class chega a Porto Alegre neste fim de semana com três apresentações no Theatro São Pedro (Praça Marechal Deodoro, s/nº). A peça foi escrita pelo norte-americano Terrence McNally e conta a história de Maria Callas, uma das maiores sopranos do mundo. No Brasil, a remontagem é estrelada pela atriz Christiane Torloni, com direção de José Possi Neto. As sessões acontecem sexta-feira e sábado, às 21h, e domingo, às 18h, com ingressos que variam de R$ 50,00 a R$ 100,00.
Após a sua estreia em 1995, Master Class foi readaptada em países como Japão, Polônia, Alemanha, Coreia, Londres, Paris e Grécia. A versão brasileira foi sucesso de crítica e público no biênio 2015/2016, com apresentações em São Paulo e Rio de Janeiro. Para a Broodway, o dramaturgo Terrence McNally baseou o enredo do espetáculo nas lendárias aulas magnas (master classes) ministradas por Maria Callas no início dos anos 1970, realizadas na Juilliard School, famosa escola de música de Nova Iorque.
Na montagem, a soprano repreende os alunos com a mesma energia e rigidez com as quais os encoraja. Maria Callas também faz de suas aulas um momento para confrontar os desapontamentos e dissabores de sua própria vida e de seu relacionamento com o célebre bilionário grego Aristóteles Onassis.
Possi Neto, diretor da remontagem no Brasil, assistiu ao espetáculo no final da década de 1990 nos palcos nova-iorquinos. Apaixonado por Callas e por música erudita, ele relata que se encantou com a peça e já leu, pesquisou e assistiu a diversos documentários sobre a artista. "Ela era uma artista com consciência de que aquilo que fazia era importante e de que é através da arte que faz do homem um ser melhor", afirma.
Com mais de 130 espetáculos dirigidos, Possi Neto alega que Master Class se difere por sua profundidade em uma época cujos textos teatrais são mais simples e voltados ao divertimento. Segundo ele, ao mesmo tempo em que faz uma radiografia sobre quem é Maria Callas, a grandiosidade do espetáculo está em levar a um grande diálogo. "O texto é magnífico, ele indica para o artista o caminho para encontrar a verdade da cena, a verdade dos personagens. Ele ajuda o artista a encontrar de fato quem ele é, a sua persona." 
Mas esse efeito só é possível, para Possi Neto, graças ao trabalho magnífico de Cristhiane como intérprete. "Meu teatro é muito físico e ela responde maravilhosamente ao processo (de direção)", relata. Isso explica o casamento artístico entre diretor e atriz, que dura quase 30 anos. A transformação de Christiane Torloni em Callas se deu através de diversos exercícios corporais que a fizeram chegar a construção física da personagem.
Escolhida para o papel da diva maior da ópera mundial, Christiane Torloni foi indicada a diversos prêmios, como o Prêmio Shell de Melhor Atriz. Por sua atuação, ela já venceu o Prêmio Aplauso Brasil, o Prêmio Quem, concedido pela revista Quem, e o Prêmio Arte Qualidade Brasil. "Ela faz um trabalho magnífico de atriz, um trabalho raríssimo nos nossos palcos", exalta o diretor do espetáculo.
Com ascendência grega, Maria Callas nasceu em Nova Iorque em 1923. Considerada a mais renomada e influente cantora de ópera do século XX e a maior soprano de todos os tempos, a cantora lírica também ficou famosa por sua atribulada vida pessoal, o que deve à relação com Onassis. 
Para contar um pouco sobre a história da soprano, a produção da montagem reproduz um minidocumentário antes do espetáculo, com a preocupação de trazer a público informações talvez não tão conhecidas. "A gente situa não apenas a Callas, mas outros personagens históricos dos quais ela fala", explica Possi.
Em busca de se diferenciar das outras remontagens, Possi pediu que o cenário fosse mais moderno "queria que refletisse também o cenário contemporâneo de ópera", explica. O que ficou ao encargo do cenógrafo Renato Theobaldo, que procurou trazer para o palco o clima das grandes casas de ópera do mundo através de estruturas criadas em tecido especialmente tratado para receber luz e projeções.
Os figurinos são assinados por Fábio Namatame. E a trilha sonora do espetáculo conta com trechos famosos de obras de Bellini, Puccini e Verdi, executados ao vivo pelos atores/cantores e acompanhados pelo ator/pianista. O elenco traz ainda Julianne Daud, Paula Capovilla, Fred Silveira, Thiago Rodrigues, Jessé Scarpellini e Raquel Paulin.
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