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- Publicada em 05 de Março de 2018 às 17:59

Armário da corte

Publicação do Diário da Justiça Eletrônico do Tribunal de Justiça (TJ-RS), em 15 de dezembro de 2017, revelou a condenação criminal de um advogado porto-alegrense, 60 anos de idade, por crimes contra a dignidade sexual, em "pelo menos cinco oportunidades", contra uma estagiária de 16 anos. Os ilícitos foram praticados na sede do Conselho Tutelar da 3ª Microrregião, em Porto Alegre.
Publicação do Diário da Justiça Eletrônico do Tribunal de Justiça (TJ-RS), em 15 de dezembro de 2017, revelou a condenação criminal de um advogado porto-alegrense, 60 anos de idade, por crimes contra a dignidade sexual, em "pelo menos cinco oportunidades", contra uma estagiária de 16 anos. Os ilícitos foram praticados na sede do Conselho Tutelar da 3ª Microrregião, em Porto Alegre.
O acórdão refere que o advogado também ofereceu à vítima uma oportunidade de estágio melhor, no escritório de um colega dele. Como ela, inicialmente, demonstrasse interesse, o acusado "esclareceu que ela teria, então, que 'dar' - manter relação sexual - para o advogado titular desse escritório, pois todas as que lá trabalhavam faziam isso".
Decorridos dois meses e 18 dias desde a publicação do acórdão, o processo aguarda a certificação do trânsito em julgado, ou da interposição de qualquer recurso para que, então, ande à frente. Mas está plácido num armário da corte. Madame Tartaruga está gostando. (Proc. nº 70072719974).

Armário da comarca

O Tribunal de Justiça (TJ-RS) anunciou em sua página na internet, em 31 de maio de 2011, que no dia anterior o então juiz da 1ª Vara de São Lourenço do Sul tinha sido colocado em disponibilidade por "não ter condições de continuar na carreira, iniciada seis anos e três meses antes" (...) "mostrando-se influenciável por seu círculo e relações, fixando honorários elevadíssimos e sem qualquer controle e em alguns processos liberando altos valores sem justificativa legal". Informou a corte gaúcha, ainda, que o magistrado "também teria agido em benefício particular de um assessor, com quem residia, em processo de liberação judicial de veículo que utilizava". (Proc. administrativo nº 10-10/002443-0).
Em 24 de fevereiro de 2012, o juiz afastado pediu exoneração - assim a ação penal em que ele é réu saiu da competência do Órgão Especial do TJ-RS, sendo encaminhada, em 27 de abril, à comarca de São Lourenço do Sul, local dos supostos ilícitos.
Seis anos e uma semana depois, já com 37 volumes e mais de 9 mil páginas, a ação penal tem também como corréus o pai do ex-juiz, dois advogados e um servidor judicial. Madame Tartaruga conta, nas ranhuras de sua rígida carapaça, quantas semanas faltam para a prescrição. (Proc. nº 067-21200005022).

O deputado voador

Temendo ser vaiado em aviões de carreira, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), viajou 250 vezes em aeronaves da FAB em 2017, o que dá quase um voo por dia. Ou, sob outra visão, apenas 115 dias em 2017 sem voar nas asas do governo.
O ano de 2018 de Maia começou no mesmo ritmo. Já fechada a estatística de janeiro, tabulou 20 voos. O caro leitor foi um dos que ajudou a pagar a conta.

Deus nos proteja!

A propósito, Rodrigo Maia, está - com assessores e marqueteiros - retocando o discurso que vai vociferar na próxima quinta-feira, na convenção do DEM.
É que ele decidiu que será, mesmo, candidato à presidência da República nas eleições deste ano.
Deus nos proteja de todas as suas viagens.

Só usam o SUS...

Será que alguma epidemia está assolando o Senado brasileiro? A "rádio-corredor" do Conselho Federal da OAB irradiou na sexta-feira que os gastos da Casa com assistência à saúde dos senadores, ex-senadores e seus parentes aumentaram 40% em 2017. Mais preocupante ainda porque os políticos dizem defensivamente que "aqui todos usamos o SUS".
Logo se descobriu que a abreviatura SUS seria uma corruptela de uma antagônica verdade relacionada com o mais famoso hospital brasileiro: "SUS - Só Uso o Sírio".

A mina milionária

Está na 12ª Vara de Família do Rio de Janeiro uma ação - de bens sonegados - de Luma de Oliveira contra o ex-marido Eike Batista, em busca de
R$ 189 milhões.
Em síntese, ela alega que o ex-cônjuge omitiu na partilha uma mina de ouro, existente no Amapá, quando houve a separação do casal em 2004.
Segundo a petição inicial, o patrimônio do ricaço foi avaliado, à época, em R$ 32 milhões e Luma "jamais havia lidado com questões de natureza empresarial". Assim, só teria descoberto a existência do extra, quando se viu - tal como o ex - cobrada pela Receita Federal, em busca de tributos sobre o bem - que valeria R$ 378 milhões.
O pepino jurídico está na mesa da juíza Clara Maria Martins Jaguaribe. (Proc. nº 0297807-38.2017.8.19.001).

Olho vivo

Mais um abacaxi paralelo à Operação Lava Jato. Com o timbre de "reservado", tramita na Polícia Federal do Rio de Janeiro um expediente sobre as ameaças feitas ao juiz Marcelo Bretas e familiares.
A investigação apurou haver envolvimento de policiais civis nas intimidações.

Farpas coloradas

O ex-presidente do Inter Vittorio Costi Piffero está acionando, na 6ª Vara Cível de Caxias do Sul, o jornalista Fabiano Baldasso. Em uma ação de "obrigação de fazer" - e com o valor fiscal de R$ 30 mil - o ex-dirigente busca um fim às críticas que lhe são dirigidas pelo jornalista. Detalhe: Baldasso atualmente trabalha por conta própria cobrindo jogos e prestando serviços - justamente - ao clube colorado. Utiliza principalmente as ferramentas digitais para alcançar o seu público.
A juíza Luciana Fedrizzi
Rizzon tentará conciliar as partes no dia 24 de abril. Olho vivo na minúcia suíça do horário: audiência às 10h46min. (Proc. nº 1.18.0001605-0).

Romance forense: Alínea 13, conta encerrada


ESPAÇO VITAL/DIVULGAÇÃO/JC
Meados de janeiro, o microempresário calçadista entrega a lojista da Capital duas dúzias de pares de sandálias femininas e recebe um cheque pós-datado: "Bom para 05/02/2018".
Na data ajustada, a cártula é depositada e, dois dias depois, devolvida, com sombria observação: "Alínea 13: Conta encerrada".
O lesado procura um acreditado advogado local (deste, o nome não vem ao caso) e, na visita, exibe o cheque que fora devolvido.
Exato valor do iminente prejuízo: R$ 2 mil.
O advogado sustenta previamente o valor de honorários contratuais antecipados: R$ 2,5 mil. E logo justifica:
- Sou um ético seguidor da tabela da OAB.
O cliente rebate:
- Não há lógica em pagar mais ao advogado do que, como credor, me caberia no hipotético êxito da cobrança do cheque.
Ao que o causídico prontamente arremata:
- Tem a murrinha toda de ajuizar a ação, suportar a lerdeza processual, ir ao foro umas 10 vezes, enfrentar o assessor e o estagiário. E, principalmente, o caro cliente estará pagando pelo gostinho de receber. Isso tem seu preço!...