Comentar

Seu coment�rio est� sujeito a modera��o. N�o ser�o aceitos coment�rios com ofensas pessoais, bem como usar o espa�o para divulgar produtos, sites e servi�os. Para sua seguran�a ser�o bloqueados coment�rios com n�meros de telefone e e-mail.

500 caracteres restantes
Corrigir

Se voc� encontrou algum erro nesta not�cia, por favor preencha o formul�rio abaixo e clique em enviar. Este formul�rio destina-se somente � comunica��o de erros.

Porto Alegre, domingo, 01 de abril de 2018.

Jornal do Com�rcio

Empresas & Neg�cios

COMENTAR | CORRIGIR

finan�as

Not�cia da edi��o impressa de 02/04/2018. Alterada em 29/03 �s 18h13min

Investimento 'ex�tico' cresce

EMPRESAS & NEG�CIOS - PLANTIO DE EUCALIPTOS - STORA ENSO (CR�DITO STORA ENSO-DIVULGA��O).JPG

EMPRESAS & NEG�CIOS - PLANTIO DE EUCALIPTOS - STORA ENSO (CR�DITO STORA ENSO-DIVULGA��O).JPG


/STORA ENSO/DIVULGA��O/JC
Investir em plantações de eucalipto, produções de cinema ou empresas de tecnologia. A ideia é diferente, mas alguns fundos querem popularizar esses ativos com a proposta de rentabilidade e, claro, uma perspectiva de risco que o brasileiro está mais apto a enfrentar.
Moda entre os jovens e "descolados" do exterior, as aplicações temáticas apostam que o momento é propício para fincar raízes no Brasil, principalmente agora que a taxa básica de juros, a Selic, alcançou o patamar de 6,5%, o menor da história, apertando, de forma significativa, os ganhos da renda fixa.
Na avaliação do professor de economia da Universidade Mackenzie, Paulo Dutra, este é o momento para quem deseja fugir do tradicional. "Quem não for curioso e mantiver seus recursos em renda fixa sairá perdendo", afirma. O especialista, no entanto, alerta que esse é um mundo completamente diferente. "É preciso acompanhar e entender o setor e a atuação dessas empresas, para assegurar que está colocando o dinheiro em negócios que vão bem e de fato trarão retorno."
De olho em pequenos e médios investidores, a Radix Investimentos Florestais oferece investimentos em árvores de madeira nobre por meio de um sistema de financiamento coletivo. Com R$ 400,00, é possível aplicar em matéria-prima que abastecerá as indústrias de papel e celulose, e moveleira. Com um contrato de 20 anos, o retorno prometido chega a 12% ao ano.
"Estamos de olho no público mais jovem, que busca diversificação e retorno sem se importar com o longo prazo", explica o sócio da gestora, Gilberto Derze. O problema é o risco. Se a plantação morrer, o prejuízo do investidor é de 100%.
A ideia não é nova. A Lacan Investimentos, por exemplo, também vende cotas de plantações de pinheiros há seis anos. O negócio, no entanto, é restrito a investidores institucionais.
Outra opção é a oferta de projetos de TV e de cinema. A empresa aceita aportes a partir de R$ 5 mil. A duração é de seis a oito anos, e a rentabilidade pode chegar a 6% ao ano mais a variação da inflação no período, com taxa de administração de 2% a 2,5% ao ano. Pontos negativos: o investidor tem de ficar no fundo até o fim e ainda corre o risco de o projeto não vingar. Nesse caso, pode-se ficar no prejuízo.
Longe dos riscos das aplicações acima, mas com o apelo pela novidade, ações de empresas de tecnologia, como Apple, Alibaba, Netflix e Tesla, são oferecidas dentro da cesta de Certificados de Operações Estruturadas (COEs), que mistura diferentes produtos, como renda fixa, ações e até derivativos.
Cada COE tem a própria estratégia, mas a segurança está na garantia do valor nominal da aplicação ao fim do período. Então, se uma pessoa investe em determinada empresa por meio desse produto, mas ela não apresentou um bom desempenho, o investidor recebe de volta no vencimento a mesma quantia aplicada no início do contrato.
"Há um perfil de investidores mais experientes e acostumados ao risco nesse tipo de fundo, mas a tendência é que ele passe a atrair perfis mais moderados que buscam rentabilidade", conta o sócio da XP, Victor Mansur.
Falando especificamente sobre COEs, William Eid, professor do Centro de Estudos em Finanças (Gvcef) da Fundação Getulio Vargas (FGV), ressalta que, na hora de optar pelo investimento, o essencial é olhar para o futuro. "A gigante da tecnologia de hoje pode não ser isso tudo daqui três ou cinco anos, não há como saber. Nos anos 1990, a Eletrobras era uma estrela da bolsa, e olha o que ela é hoje."

Florestas come�am a ganhar destaque entre empresas no Brasil

Populares no exterior, os fundos florestais chegaram ao Brasil no início dos anos 2000. Oferecidos através de um Fundo de Investimento em Participações (FIP) - quando um gestor reúne recursos para investimento em um negócio -, eles passaram de novidade a realidade.
Com aportes mínimos no valor de R$ 1 milhão, o retorno ao investidor pode demorar até 15 anos, com uma rentabilidade de 8% a 10% somada à variação da inflação (medida pelo IPCA) durante o período.
Gestoras como a Ático e a Copa Investimento atuam no segmento, que pegou carona na baixa dos juros. "Mesmo os investidores institucionais passaram a repensar, olhar para o longo prazo, mudaram estratégias", diz o sócio da Copa, Marcelo Sales.
 
COMENTAR | CORRIGIR
Coment�rios
Seja o primeiro a comentar esta not�cia