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Política

- Publicada em 19 de Fevereiro de 2018 às 19:08

Secretário de Educação suscita críticas de vereadores

Diego Nuñez
Os vereadores da Câmara Municipal de Porto Alegre receberam ontem a visita do secretário municipal de Educação, o professor Adriano Naves de Brito. A sessão, que foi encerrada sem apreciação da ordem do dia, após longos debates acerca da educação municipal, foi marcada principalmente por críticas feitas por vereadores de oposição.
Os vereadores da Câmara Municipal de Porto Alegre receberam ontem a visita do secretário municipal de Educação, o professor Adriano Naves de Brito. A sessão, que foi encerrada sem apreciação da ordem do dia, após longos debates acerca da educação municipal, foi marcada principalmente por críticas feitas por vereadores de oposição.
Um dos temas abordados foi o controle sobre a merenda nas escolas públicas municipais, que proíbe os alunos de repetirem suas refeições. Quem colocou o tema em pauta foi a vereadora Sofia Cavedon (PT), que classificou a medida como "grave e perversa", visto que a merenda escolar pode ser a única fonte de alimentação para as crianças de baixa renda em situação mais agravada de vulnerabilidade social.
O secretário respondeu à vereadora, afirmando que "a obesidade é um problema grave", e apontou que a possibilidade de o aluno poder pegar mais de um prato de comida "estaria contribuindo para a deseducação alimentar" e que isso seria uma "falta de planejamento da alimentação".
A resposta causou revolta nas galerias, onde estavam servidores públicos do magistério, que, em diversos momentos, se manifestaram durante a sessão. O mais incisivo crítico de Brito foi o também professor vereador Alex Fraga (PSOL). "O que mais marcou a gestão da secretaria foi a incapacidade de reconhecer a dificuldade das escolas", disse Fraga. Para ele, "o secretário mudou radicalmente a rotina das escolas sem ter pisado em nenhuma delas quando assumiu o cargo", interferindo, assim, negativamente por "falta de conhecimento".
Em agosto do ano passado, o prefeito de São Paulo, João Doria Júnior (PSDB), deu uma justificativa semelhante ao determinar a mesma medida nas escolas paulistanas.
Os ataques dos oposicionistas causaram indignação de parte dos vereadores. Mônica Leal (PP) considerou "absurdas" as críticas feitas em "duras palavras a este bom gestor" que é, segundo ela, o secretário Brito. Ela e o vereador Moisés Barboza (PSDB) citaram o gradativo aumento no número de vagas em creches municipais conveniadas e o aumento de repasses a escolas também conveniadas.
 
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