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Eleições 2018

- Publicada em 07 de Fevereiro de 2018 às 18:24

Alckmin quer privatizar 'o que for possível' se eleito

Para governador Paulista, petrolífera 'cresceu demais'

Para governador Paulista, petrolífera 'cresceu demais'


FREDY VIEIRA/JC
Pré-candidato à presidência pelo PSDB, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse que irá privatizar "o que for possível" das estatais brasileiras caso seja eleito em 2018. Nas contas do tucano, a União possui hoje 147 estatais e é preciso avaliar "a necessidade de cada uma".
Pré-candidato à presidência pelo PSDB, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse que irá privatizar "o que for possível" das estatais brasileiras caso seja eleito em 2018. Nas contas do tucano, a União possui hoje 147 estatais e é preciso avaliar "a necessidade de cada uma".
"Privatizarei o que for possível", respondeu ao ser questionado sobre quais das estatais estariam na mira de sua equipe econômica de campanha. "O principal é trazer investimentos para o País", complementou.
O tema das privatizações dominou a entrevista coletiva de Alckmin, na sede do PSDB, em Brasília, depois de o tucano dizer a empresários da construção civil, mais cedo, que é possível privatizar toda a Petrobras no futuro. O tucano foi questionado também se ele recuou no discurso de 2006, quando negou que iria privatizar as empresas brasileiras e perdeu a disputa presidencial para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"O que houve na campanha de 2006 é que Lula mentia. Lula dizia que eu iria privatizar o Banco do Brasil, o que eu não pretendo até hoje fazer", disse ao evitar falar na contradição em relação ao discurso daquela eleição. Em seguida, Alckmin afirmou que irá, sim, privatizar a estatal de petróleo.
"Há inúmeras empresas que podem ser privatizadas. A Petrobras cresceu demais. Poderíamos privatizar a área de distribuição da empresa. Temos uma equipe avaliando isso", respondeu antes de enfatizar qual deve ser o perfil de sua campanha. "Eu tenho uma agenda reformista."
Alckmin também respondeu sobre declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC, PSDB) em favor de novas candidaturas, como a do apresentador da TV Globo Luciano Huck. "Foi o FHC que insistiu para eu ser candidato. Eu sou o primeiro a elogiar o Luciano Huck. Ele é uma jovem liderança com espírito público", disse.
O tucano também minimizou perguntas sobre os desempenhos de concorrentes dele nas pesquisas de intenção de voto. "O que temos visto nas últimas eleições é que as mudanças acontecem no final. Só nós estamos interessados nisso, a política é um tema árido. A maioria da população ainda não tem focado no tema", argumentou.
Alckmin contou também que a executiva do PSDB decidiu que o debate entre ele e o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB-AM), será realizado em 1 de março, com transmissão pela internet. Ele explicou que uma comissão formada por ex-presidentes vai decidir os últimos detalhes da realização do pleito interno, já que Virgílio pediu para estudar melhor a proposta elaborada pela comissão do partido. "Nunca tivemos prévia em nível nacional, somente em São Paulo. É um fato inédito", disse Alckmin.

Não faz sentido falar em privatização agora, diz Parente

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse ontem que não faz sentido falar em privatização da Petrobras neste momento.
A afirmação foi feita em resposta a questionamento da imprensa sobre declaração do governador de São Paulo e pré-candidato à presidência, Geraldo Alckmin (PSDB), sobre uma possível privatização da estatal.
"Entendo que não é uma discussão que faça sentido neste momento da Petrobras", afirmou Parente, em encontro com a imprensa no Rio de Janeiro.
Ele alega que a empresa está passando por um processo de reestruturação financeira, que poderia ser prejudicado pelo debate sobre a privatização.
"Do ponto de vista da Petrobras, qualquer discussão sobre privatização teria efeito perturbador nesse processo", completou.
Parente lembrou ainda que pesquisas apontam resistência da população à proposta de privatização da petroleira. A sociedade brasileira não deseja a privatização da Petrobras.
Alckmin disse que há setores da Petrobras que podem ser vendidos e que, eventualmente, a empresa poderia ser privatizada no futuro.
No encontro com a imprensa, Parente manteve a meta de vender US$ 21 bilhões em ativos até o fim de 2018, com o objetivo de ajustar a dívida da estatal, processo que pressupõe a saída de setores considerados não essenciais, como biocombustíveis e fertilizantes.
O executivo afirmou que o valor pode ser até ampliado em US$ 5 bilhões, dependendo da cotação internacional do petróleo, mas que, com o barril no patamar atual, em torno dos
US$ 70, isso não seria necessário.
A companhia tem um portfólio de US$ 40 bilhões em ativos que podem ser vendidos, dependendo do cenário econômico.
O objetivo é reduzir a relação entre dívida e geração de caixa medida pelo Ebitda para 2,5 vezes até o fim do ano - no terceiro trimestre de 2017, estava em 3,23 vezes.