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Opinião

- Publicada em 07 de Fevereiro de 2018 às 16:19

Valorizar a vida é prioridade

Ir para o posto de saúde perto da meia-noite, ficar a noite inteira na fila para garantir uma ficha, o que significa passar por uma triagem e, daqui há semanas, ser atendido. Esperar meses e até anos por exames relativamente simples como uma ecografia, uma mamografia ou um colonoscopia, peregrinar por diversas instituições de saúde em busca de um procedimento e ouvir respostas como "tu tens que voltar no posto", "não temos este tipo de exame", "só atendemos a quem é trazido por uma ambulância do SUS em estado muito grave", "o médico desta especialidade não está", "não atendemos pelo SUS". Essa é a realidade de uma grande parte dos pacientes de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul.
Ir para o posto de saúde perto da meia-noite, ficar a noite inteira na fila para garantir uma ficha, o que significa passar por uma triagem e, daqui há semanas, ser atendido. Esperar meses e até anos por exames relativamente simples como uma ecografia, uma mamografia ou um colonoscopia, peregrinar por diversas instituições de saúde em busca de um procedimento e ouvir respostas como "tu tens que voltar no posto", "não temos este tipo de exame", "só atendemos a quem é trazido por uma ambulância do SUS em estado muito grave", "o médico desta especialidade não está", "não atendemos pelo SUS". Essa é a realidade de uma grande parte dos pacientes de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul.
Maquiar números de atendimentos, ocultar as filas de espera com processos burocráticos, e infinitas idas e vindas entre hospitais e postos de saúde não mudam a realidade dos fatos. Enquanto a burocracia for mais prioritária do que a vida das pessoas, vamos continuar vendo essas situações se repetirem. Muitos pacientes já desistiram de ser atendidos pela medicina dos municípios e tentam alternativas melhores com planos de saúde e atendimentos privados, de alto custo muitas vezes, mesmo assim não conseguem o que precisam.
A prioridade tem que ser a vida. Quando falamos em respeito à vida, muitos pensam em animais de estimação e árvores. O desrespeito que vemos com a vida de um modo geral também se aplica as pessoas, ao cidadão contribuinte. Ouço recorrentes relatos de que as pessoas são tratadas piores do que os animais em alguns setores da saúde pública e privada. Urge que a vida seja valorizada e que aprimoremos nossa capacidade de empatia, ou seja, de sentir o que outro sente e procurar uma solução digna para aqueles que buscam tratamento de suas doenças. A sociedade que inverte valores, que valoriza mais uns do que aos outros se afasta da justiça e da democracia, tornando doenças que poderiam ser tratadas em doenças incuráveis.
Vereador de Porto Alegre (DEM)
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