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- Publicada em 28 de Fevereiro de 2018 às 22:36

Correios aplicam reajuste a partir de 6 de março

Em nota, Correios negam que aumento será de 51%

Em nota, Correios negam que aumento será de 51%


MARCELO G. RIBEIRO/JC
O aumento nas taxas do frete cobrado pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) - conhecida, popularmente, como Correios - ainda nem foi anunciado, mas já causou alvoroço nas redes sociais. O Mercado Livre, uma das principais empresas de compra on-line do País, criou a campanha "Frete Abusivo Não", calculando que o reajuste pode chegar a 51% para compras e vendas realizadas via comércio eletrônico. No interior do País, o impacto deve ser ainda maior. O aumento está previsto para começar a valer no dia 6 de março e deve ficar em torno de 8%.
O aumento nas taxas do frete cobrado pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) - conhecida, popularmente, como Correios - ainda nem foi anunciado, mas já causou alvoroço nas redes sociais. O Mercado Livre, uma das principais empresas de compra on-line do País, criou a campanha "Frete Abusivo Não", calculando que o reajuste pode chegar a 51% para compras e vendas realizadas via comércio eletrônico. No interior do País, o impacto deve ser ainda maior. O aumento está previsto para começar a valer no dia 6 de março e deve ficar em torno de 8%.
Em resposta à mobilização da empresa, os Correios publicaram uma nota na qual negam que o aumento será de 51%. "A média será de apenas 8% para os objetos postados entre capitais e nos âmbitos local e estadual, que representam a grande maioria das postagens realizadas nos Correios."
Como justificativa, os Correios explicam que o reajuste se trata de uma "revisão anual" e que a definição dos preços é baseada nos custos relacionados à prestação dos serviços, considerando gastos com transporte, pagamento de pessoal, aluguéis de imóveis, combustível e contratação de recursos para segurança. A ECT ainda defende que o reajuste não é para o e-commerce, mas para serviços de encomendas, também utilizados pelo
e-commerce. A parceria com esse tipo de comércio foi, inclusive, destacada, e os Correios lembraram que essa junção viabiliza a atividade de inúmeras micro, pequenas e médias empresas "devido à oferta de pacotes de benefícios exclusivos para marketplaces brasileiros, incluindo reduções de preços que chegam a mais de 30% no Sedex e 13% no PAC".
Procurada pela reportagem, a ECT afirmou que espera uma definição da área comercial a respeito do valor exato do reajuste. No entanto, adiantou que os usuários podem calcular estimativas no próprio site dos Correios (www.correios.com.br) com base em um reajuste de 8%. Valores a serem aplicados nas entregas do Rio Grande do Sul também foram solicitados, mas o Jornal do Comércio não obteve retorno até o fechamento desta edição.

Além do aumento, taxa extra será cobrada no Rio de Janeiro com a justificativa da insegurança

Para moradores da cidade do Rio de Janeiro, a taxa será ainda maior. Isso porque os Correios irão cobrar, também a partir de 6 de março, uma taxa extra de R$ 3,00 para todas as encomendas enviadas ao município. A cobrança ocorre por causa do "crescimento da violência", porém a empresa afirma que a taxa pode ser suspensa a qualquer momento, desde que a situação de violência seja controlada.
Os Correios também argumentam que essa cobrança já é praticada por outras transportadoras brasileiras desde março do ano passado. A ECT afirma que o caos na cidade chegou a extremos, e que o custo para a entrega de mercadorias, alvo de constantes furtos, sofreu "altíssimo impacto" devido às medidas tomadas para garantir a segurança dos empregados, das encomendas e das unidades de atendimento. A explosão da criminalidade fez com que a estatal suspendesse a entrega de produtos em quase metade do Rio de Janeiro. Dos 27.616 endereços da cidade, há algum tipo de restrição em 12.037 deles, o que equivale a 43,6% do total.
O Rio de Janeiro passa por uma crise político-econômica, com graves reflexos na segurança. Desde junho de 2016, o estado está em situação de calamidade pública. Não há recursos para pagar servidores e para contratar policiais militares aprovados em concurso. O Rio de Janeiro está sob intervenção federal na área de segurança desde o dia 16 de fevereiro.