Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Geral

- Publicada em 23 de Fevereiro de 2018 às 12:02

Laudo aponta contaminação ambiental por rejeitos de mineradora no Pará

Áreas no Nordeste do Pará foram contaminadas pelo vazamento de rejeitos de bauxita da barragem da mineradora norueguesa Hydro Alunorte, segundo laudo divulgado nesta quinta-feira (21) pelo Instituto Evandro Chagas, em Belém. O relatório aponta que houve contaminação ambiental em três comunidades do município de Barcarena, que fica a 15 quilômetros de Belém. Em nota, a empresa disse que irá analisar o laudo para se pronunciar.
Áreas no Nordeste do Pará foram contaminadas pelo vazamento de rejeitos de bauxita da barragem da mineradora norueguesa Hydro Alunorte, segundo laudo divulgado nesta quinta-feira (21) pelo Instituto Evandro Chagas, em Belém. O relatório aponta que houve contaminação ambiental em três comunidades do município de Barcarena, que fica a 15 quilômetros de Belém. Em nota, a empresa disse que irá analisar o laudo para se pronunciar.
Antes do laudo, a mineradora negou por duas vezes a contaminação. "A Hydro Alunorte reitera que seus depósitos de resíduos são seguros e, mesmo com as intensas chuvas na região de Barcarena, não houve qualquer tipo de vazamento ou rompimento", informou o texto divulgado pela empresa na quarta-feira.
"Foi constatado que houve vazamento das bacias de rejeitos da bauxita. Fotografamos os efluentes invadindo a área ambiental", disse nesta quinta-feira o pesquisador Marcelo de Oliveira Lima, do Evandro Chagas.
A suspeita de vazamento de rejeitos começou no último sábado. Moradores do local registraram imagens da alteração na cor da água do rio que passa pelo município. No domingo, uma inspeção da Secretaria estadual de Meio Ambiente descartou o vazamento. No entanto, o Ministério Público estadual e o Ministério Público Federal iniciaram investigações e solicitaram que o Instituto Evandro Chagas analisasse amostras da água. Na última segunda-feira, a Câmara dos Deputados criou uma comissão externa para acompanhar as investigações.
O laudo do instituto aponta que os índices de sódio, nitrato e alumínio estavam acima do permitido, além do PH estar no nível 10. As amostras analisadas também indicaram alto nível de chumbo. De acordo com Marcelo Lima, o estado da água é "nocivo aos seres vivos".
"A empresa fez uma ligação clandestina para eliminar esses efluentes contaminados que estavam acumulados dentro da fábrica para fora da área industrial, contaminando o meio ambiente e chegando às comunidades", afirmou Marcelo Lima ao G1.
Segundo a perícia, a empresa não tem capacidade de tratar os seus efluentes, e o Instituto Evandro Chagas recomenda que, neste momento de chuvas fortes, seja reduzida ou suspensa a produção, porque as bacias não irão suportar o grande acúmulo de material.
Já foram instaurados dois inquéritos pelo Ministério Público do Pará para apurar as denúncias de vazamentos ocorridos em Barcarena. Um inquérito civil foi instaurado pela Promotoria de Justiça de Barcarena e está sendo elaborado a partir de informações colhidas por promotores de justiça. O segundo inquérito, instaurado pela promotora Eliane Moreira, da 1ª Região Agrária, apura os impactos socioambientais provocados pelo vazamento.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO