Primeiro caso de febre amarela é de Jaguarão e foi contraído em Minas Gerais

Foi confirmado, na quarta-feira, o primeiro caso de febre amarela no Rio Grande do Sul desde 2010. Um homem de 27 anos, residente de Jaguarão, contraiu a doença em São Tomé das Letras, Minas Gerais, para onde viajou em janeiro. O paciente não havia tomado vacina.

Ao retornar da viagem, o enfermo já apresentava sintomas como febre, vômito, edema e dor muscular, e, por isso, foi internado no dia 27 de janeiro na Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital Universitário São Francisco de Paula, em Pelotas. O homem permanece hospitalizado, mas encontra-se estável.

Técnicos da 3ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) e do município de Jaguarão realizaram investigação no entorno da residência e do local de trabalho do paciente, e não detectaram focos de Aedes aegypti, mosquito transmissor da febre amarela em áreas urbanas. Sem o inseto, mesmo com a presença de uma pessoa infectada, não há risco de transmissão para outras pessoas.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) recomenda que a população faça a vacina contra a febre amarela, especialmente quem circula ou mora junto a áreas de matas ou tem previsão de viagem para esses lugares. Quem tomou ao menos uma dose da vacina já tem imunização suficiente para toda a vida.

O Rio Grande do Sul não apresentava casos confirmados de febre amarela desde 2010, quando foi registrado o último caso importado. Casos autóctones (contraídos dentro do Estado) não são confirmados desde 2009. No Brasil, entre 1 de julho de 2017 e 20 de fevereiro de 2018, foram confirmados 545 casos e 164 óbitos, distribuídos nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal.