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Geral

- Publicada em 01 de Fevereiro de 2018 às 16:14

Violência gera pânico e ansiedade em mais de 30% dos porto-alegrenses

Relatório da Primeira Pesquisa de Vitimização de Porto Alegre foi divulgado nesta quinta-feira

Relatório da Primeira Pesquisa de Vitimização de Porto Alegre foi divulgado nesta quinta-feira


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Um levantamento detalhado pela primeira vez nesta quinta-feira (1º) traz resultados alarmantes sobre a violência e a sensação de segurança dos moradores da Capital gaúcha. De acordo com a Primeira Pesquisa de Vitimização de Porto Alegre, do Instituto Cidade Segura, cerca de 33,9% das pessoas sofrem de ansiedade (404 mil pessoas) em relação à violência, enquanto 33,2% experimentaram pânico por imaginar que um familiar poderia ser vítima de um crime (395 mil pessoas).
Um levantamento detalhado pela primeira vez nesta quinta-feira (1º) traz resultados alarmantes sobre a violência e a sensação de segurança dos moradores da Capital gaúcha. De acordo com a Primeira Pesquisa de Vitimização de Porto Alegre, do Instituto Cidade Segura, cerca de 33,9% das pessoas sofrem de ansiedade (404 mil pessoas) em relação à violência, enquanto 33,2% experimentaram pânico por imaginar que um familiar poderia ser vítima de um crime (395 mil pessoas).
O medo é uma resposta à crescente sensação de insegurança em Porto Alegre. O levantamento aponta que cerca de 170 mil porto-alegrenses foram vítimas de roubo nos últimos 12 meses, o que equivale a cerca de 14,7% dos residentes maiores de dezesseis anos da Capital. O número aumenta ainda mais quando o limite de tempo é expandido: ao longo da vida, 32,5% dos residentes maiores de 16 anos em Porto Alegre já tiveram algum bem de valor roubado, excluídos veículos automotores. Entre os que já foram atingidos por esse crime, 51,1% foram roubados uma vez, mas 24% já passaram pela experiência duas vezes e 15,4%, três vezes.
Entre as vítimas que relataram terem sofrido fraude no último ano, 32 mil estão relacionadas com o cartão de crédito, 180 mil pessoas com o celular, 137 mil com dinheiro falso e 24 mil na internet. Já entre 340 mil relataram perturbação do sossego, e 47 mil apontaram agressão física. A pesquisa também aponta que, no último ano, 140 mil pessoas foram vítimas de discriminação. Além disso, 279 mil pessoas moradores de Porto Alegre, já tiveram, ao longo da vida, um familiar assassinado.
A violência contra a mulher também é um dos pontos que chama a atenção: o levantamento aponta que enquanto 28 mil mulheres da Capital gaúcha já foram assediadas sexualmente, 44 mil mulheres já sofreram violência sexual (incluindo estupro ao longo de suas vidas). Os números seguem alarmantes quando são considerados apenas os últimos 12 meses: 238 mil mulheres foram alvo de comentários desrespeitosos na rua, 84 mil foram tocadas sexualmente sem sua autorização e 47 mil foram agarradas ou mesmo beijadas à força.
Em razão disso, atitudes para se prevenir da violência acabam sendo regra para quase toda a população: 77,1% (920 mil pessoas) dos residentes maiores de 16 anos evitam sair de casa à noite e 72,5% (864 mil) procuram não portar dinheiro ou objetos de valor na rua. Até mesmo o meio de transporte é escolhido visando à prevenção: 12,6% (150 mil pessoas) de residentes procuram não andar de ônibus por receio de roubos, o que ajuda a explicar a redução do número de passageiros nesse tipo de transporte. 
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