Robson Hermes

Empreendedor diz ser o primeiro a produzir peças com as características no País

Artesão produz caudas de sereia de silicone em Porto Alegre

Robson Hermes

Empreendedor diz ser o primeiro a produzir peças com as características no País

O sereísmo é um estilo de vida no qual as pessoas adquirem hábitos tidos como de sereias. Alguns adeptos aderem à uma alimentação específica, outros usam acessórios que remetem às imagens criadas em torno das lendas. Há, ainda, quem apenas adote uma postura ecológica e saudável. O artesão Dan Furtado, 40 anos, adepto do sereísmo, se intitula o primeiro produtor de caudas de sereia de silicone brasileiro. E isto é feito no bairro Jardim Carvalho, em Porto Alegre. 
O sereísmo é um estilo de vida no qual as pessoas adquirem hábitos tidos como de sereias. Alguns adeptos aderem à uma alimentação específica, outros usam acessórios que remetem às imagens criadas em torno das lendas. Há, ainda, quem apenas adote uma postura ecológica e saudável. O artesão Dan Furtado, 40 anos, adepto do sereísmo, se intitula o primeiro produtor de caudas de sereia de silicone brasileiro. E isto é feito no bairro Jardim Carvalho, em Porto Alegre. 
Após a demissão do emprego de comissário de bordo, onde trabalhou durante quatro anos, Dan decidiu investir parte da sua rescisão na compra de uma cauda. Porém, após se deparar com os altos valores dos modelos estrangeiros (cerca de R$ 15 mil), uma vez que não havia encontrado fabricantes nacionais, decidiu produzir a própria versão. Isto, no fim, virou um negócio.
MARCO QUINTANA/JC
O processo de produção pode chegar a 15 dias, devido a secagem do material. Os acessórios, no entanto, são produzidos em um dia. As caudas de Dan podem custar de R$ 5 mil a R$ 6,5 mil, dependendo do tamanho e acabamento da peça, que pesa 18kg.
Dan conta que fez uma pesquisa sobre o assunto com os maiores e mais conhecidos praticantes. Por isso, escolheu pelo silicone para efeitos especiais, matéria-prima importada que é utilizada em produções cinematográficas. O material foi escolhido por possuir maior elasticidade e por se ajustar melhor ao corpo. Além das caudas, Dan produz acessórios de tritão (masculino de sereia), como armaduras e braceletes.
O interesse pelo sereísmo o acompanha desde a infância, quando teve o primeiro contato com livros e contos da mitologia grega. Porém, somente há três anos se tornou de fato praticante. 
Ao postar fotos em sua conta pessoal do Instagram com a cauda, surgiram pedidos de orçamento. “Quando as pessoas viram que eu consegui desenvolver essa cauda, começaram a me perguntar se eu venderia. Vi que é um nicho de mercado interessante”, conta. 
O empreendedor garante produzir para qualquer país, mas ressalta que as taxas de importação são altas. Os interessados em compras ou contratação para eventos devem entrar em contato via Instagram: @daanfurtado. “Fui chamado para fazer animação de uma pool party de música eletrônica”, lembra, citando um exemplo de atividade que participa.
Apesar da prática ter sido abordada numa novela das nove da Rede Globo, ele considera que o sereísmo ainda não ganhou a difusão esperada. “No Brasil existe um crescimento, não tanto por parte dos homens, pois existe muito preconceito”, expõe. “Mas o pessoal tem saído das conchas”, brinca.
MARCO QUINTANA/JC
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