O Brasil conseguiu um feito inédito ontem nas Olimpíadas de Inverno, em PyeongChang, na Coreia do Sul. Isadora Williams ficou entre as 24 melhores atletas da patinação artística individual e se tornou a primeira sul-americana a avançar à final da prova. A patinadora somou 55,74 pontos na prova curta, a maior nota de sua carreira, terminando a eliminatória na 17ª posição. A final da patinação acontece às 22h (de Brasília) de hoje.
Nascida nos EUA, mas filha de mãe brasileira, Isadora tem 22 anos. Ela estreou nos Jogos de Inverno quatro anos atrás, em Sochi, quando ficou na 30ª e última posição. "Tenho muito orgulho de representar o Brasil. Em Sochi, eu não fui bem e fiquei muito triste depois da apresentação. Minha nota foi muito boa aqui, a minha melhor da temporada. Eu treinei mais duro, os elementos são mais difíceis. Estou mais madura e mais experiente", analisou.
A patinadora revelou que fez o aquecimento ao som de um sucesso de Anitta. "Antes da apresentação eu estava tremendo, estava muito nervosa. Fiz meu aquecimento ouvindo Anitta, ao som de Vai Malandra. Foi muito divertido. Quem sabe não uso em uma exibição", brincou a atleta.
Falando em português "quebrado", carregado de sotaque, Isadora afirmou que agora o sonho é garantir uma colocação entre as 20 melhores. "Eu não tenho 'control', como diz, controle, sobre o que as outras meninas vão fazer. Quero fazer todos os saltos e piruetas perfeitas, esse é meu objetivo", projetou.
Ontem, a norueguesa Marit Bjoergen quebrou o recorde de mais medalhas conquistadas na história dos Jogos de Inverno. Ela conseguiu a sua 14ª medalha, um bronze na prova de velocidade por equipes do esqui cross-country. Aos 37 anos, Marit se isolou da compatriota Ole Einar Bjoerndalen, do biatlo, como maior medalhista. Além disso, essa foi a sua quarta medalha na Coreia do Sul - antes, foi ouro no revezamento 4x5km, prata no 7,5km sprint 7,5km esquiatlo e bronze nos 10km.