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Economia

- Publicada em 28 de Fevereiro de 2018 às 19:20

Secretário-geral da OCDE defende a adesão do Brasil

Gurría elogiou os esforços do governo para consolidar o equilíbrio fiscal

Gurría elogiou os esforços do governo para consolidar o equilíbrio fiscal


/MARCELO CAMARGO/ABR/JC
O secretário-geral da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Angel Gurría, avaliou que este é um momento crucial para o futuro do Brasil e, ainda que de forma indireta, defendeu a entrada do País na entidade. A análise do número 1 da instituição, que tem sede em Paris, pode ser vista no Relatório Econômico Active with Brazil, da organização, lançado ontem, com direito a viagem da cúpula da OCDE ao País.
O secretário-geral da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Angel Gurría, avaliou que este é um momento crucial para o futuro do Brasil e, ainda que de forma indireta, defendeu a entrada do País na entidade. A análise do número 1 da instituição, que tem sede em Paris, pode ser vista no Relatório Econômico Active with Brazil, da organização, lançado ontem, com direito a viagem da cúpula da OCDE ao País.
"O Brasil é a sétima maior economia do mundo. É o terceiro maior membro não pertencente à OCDE e, nas últimas duas décadas, foi o parceiro-chave mais envolvido da instituição, como uma fonte de experiência política valiosa", descreveu o mexicano na apresentação do documento.
Para Gurría, o pedido do Brasil para a adesão à OCDE (feito pelo governo brasileiro em maio do ano passado) é um sinal de que o País está pronto para consolidar ainda mais sua agenda de reformas. "A participação do Brasil nas atividades da OCDE enriqueceu nosso trabalho e nos ajudou a encontrar soluções para os desafios globais", disse, acrescentando que o Programa de Trabalho Conjunto OCDE-Brasil 2016-2017 transformou a cooperação já próxima entre as partes em uma "verdadeira parceria".
Após a formalização do pedido de adesão feita em 2017, havia uma expectativa de que a solicitação fosse avaliada pelos membros nos meses seguintes. No entanto, até o momento, não houve um resultado oficial. Também concorrem a um posto na organização os sul-americanos Peru e Argentina e os europeus orientais Bulgária, Croácia e Romênia.
Para que um novo membro entre no já chamado "clube dos ricos", é preciso haver um consenso entre os 35 participantes. Integrantes do governo enfatizam que a maior parte deles já declarou, ainda que informalmente, apoio ao Brasil. O grande empecilho são os Estados Unidos, dono da maior parte do orçamento da OCDE. Em encontro recente com representantes brasileiros, autoridades norte-americanas enfatizaram que gostariam de uma reformulação da entidade antes que novos membros passassem a fazer parte dela.
"Este é um momento crucial para o futuro do Brasil. Um retrocesso econômico grave está sendo deixado para trás, e os esforços de reforma do Brasil para consolidar o equilíbrio fiscal do governo e promover a estabilidade macroeconômica - incluindo a indispensável reforma da Previdência - abrem caminho para um crescimento mais sustentável", avaliou no relatório Gurría, que não esconde o interesse de o Brasil fazer parte da organização.
O secretário afirmou que espera um maior aprofundamento do compromisso mútuo para continuar a projetar, desenvolver e oferecer melhores políticas para os brasileiros.
Apesar de muitos afagos, o secretário também enfatizou que o País precisa, no futuro, continuar a enfrentar o alto grau de desigualdade que afeta o bem-estar e o crescimento econômico. "Também deve aumentar os níveis de investimento, melhorando o clima de negócios e o acesso ao financiamento, promovendo a inclusão de gênero e as oportunidades para as mulheres, além de aumentar sua participação nas cadeias de valor globais para colher e distribuir os benefícios da globalização", avisou. "A OCDE está pronta para apoiar o Brasil nesses empreendimentos", continuou.
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