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Economia

- Publicada em 28 de Fevereiro de 2018 às 09:55

Fatia da Infraero em três aeroportos será vendida até o fim deste ano

Fatia de 49% que a companhia detém nos aeroportos de Guarulhos, Brasília e Confins representam R$ 5 bilhões

Fatia de 49% que a companhia detém nos aeroportos de Guarulhos, Brasília e Confins representam R$ 5 bilhões


JONATHAN HECKLER/JC
Agência Estado
O governo federal pretende vender até o fim de 2018 a participação de 49% que a Infraero detém nos aeroportos de Guarulhos (SP), Brasília (DF) e Confins (MG). Nos próximos dias, será assinado um contrato para que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) faça a operação de venda dos ativos, que inclui o cálculo do valor das participações e a avaliação das condições de mercado.
O governo federal pretende vender até o fim de 2018 a participação de 49% que a Infraero detém nos aeroportos de Guarulhos (SP), Brasília (DF) e Confins (MG). Nos próximos dias, será assinado um contrato para que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) faça a operação de venda dos ativos, que inclui o cálculo do valor das participações e a avaliação das condições de mercado.
Segundo o secretário Nacional de Aviação Civil, Dario Rais Lopes, a expectativa é arrecadar algo em torno de R$ 5 bilhões apenas com os três aeroportos. A venda deverá ser feita por meio de leilão e terá algumas restrições para os atuais sócios da Infraero. Eles poderão participar da disputa, mas serão proibidos de dar lances em outros terminais. Ou seja, o sócio de Guarulhos, por exemplo, não poderá comprar afatia da Infraero em Confins ou em Brasília.
Lopes diz que tem recebido boa sinalização dos investidores em relação à venda das participações. Mas que há grandes chances de os atuais sócios (ou parceiros desses investidores) comprarem a participação da Infraero. Os três terminais foram concedidos para a iniciativa privada em 2012 e 2013, com ágios que chegaram a 600% (caso de Brasília).
O Aeroporto de Guarulhos foi arrematado pelo consócio formado pela Invepar (empresa dos fundos de pensão do Banco do Brasil, Petrobrás e Caixa) e pela operadora sul-africana ACSA; Brasília pela argentina Corporación America e pela Infravix (que vendeu a participação para a sócia depois do envolvimento na Lava Jato); e Confins, pelo grupo criado entre CCR e Zurich Airport. Os outros dois aeroportos licitados na primeira e segunda rodada de licitações (Viracopos, em Campinas, e Galeão, no Rio) serão avaliados pelo BNDES, mas não deverão ser vendidos neste ano.
A expectativa de arrecadação prevista pelo governo federal foi vista por alguns analistas como otimista. Em estudo feito pela consultoria alemã Roland Berger, a pedido da Infraero para nortear sua reestruturação, o valor potencial de venda de todas as participações ficou entre R$ 500 milhões e R$ 600 milhões - bem abaixo da previsão do governo. A avaliação constante no documento, entregue às principais autoridades em Brasília, é de que o governo não deveria se desfazer das participações neste momento. O ideal seria aguardar uma valorização maior dessa fatia e futuramente vendê-la.
O documento obtido pelo Estado traz alternativas que dariam independência para a Infraero. Uma delas é a venda (de 49% ou 51%) da estatal para a iniciativa privada. Isso representaria algo em torno de R$ 17 bilhões de arrecadação para o governo federal. Procurada, a Roland Berger não quis se pronunciar sobre o estudo.
O fato é que o governo federal precisa fazer caixa e a venda das participações nos três aeroportos parece ter consenso de boa parte do governo, menos da Infraero. Na semana passada, o presidente da estatal, Antônio Claret, afirmou publicamente que tinha intenção de suspender a venda das participações. Em nota enviada à reportagem ontem, porém, a empresa afirmou que " seguirá as diretrizes do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil para o setor aéreo".
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