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Economia

- Publicada em 15 de Fevereiro de 2018 às 22:57

Horário de verão tem baixo impacto no Rio Grande do Sul

Diminuição do consumo na área da CEEE foi de apenas 0,6%

Diminuição do consumo na área da CEEE foi de apenas 0,6%


CLAITON DORNELLES /JC
Jefferson Klein
Para a alegria de alguns e tristeza de outros, acaba à zero hora deste domingo a 47ª edição do horário de verão. Os relógios deverão ser atrasados em uma hora no Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Espírito Santo e Rio Grande do Sul. Para os gaúchos atendidos pelas três principais concessionárias de energia do Estado (CEEE-D, RGE e RGE Sul) a economia de energia com a iniciativa foi pequena.
Para a alegria de alguns e tristeza de outros, acaba à zero hora deste domingo a 47ª edição do horário de verão. Os relógios deverão ser atrasados em uma hora no Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Espírito Santo e Rio Grande do Sul. Para os gaúchos atendidos pelas três principais concessionárias de energia do Estado (CEEE-D, RGE e RGE Sul) a economia de energia com a iniciativa foi pequena.
O diretor de Distribuição da CEEE, Júlio Hofer, informa que na área de concessão da estatal a estimativa de redução do consumo foi da ordem de 0,6%. Já no horário de ponta a diminuição da demanda nos 72 municípios atendidos pela CEEE-D foi de 1,68%. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) considera o momento de ponta no Rio Grande do Sul das 18h às 21h, passando para 19h às 22h durante a vigência do horário de verão. A RGE calcula uma queda de 0,22% no consumo de energia elétrica nas 255 cidades de sua abrangência. No período de pico, há a expectativa de uma redução de 3,09% na demanda de energia. A RGE Sul, por sua vez, projeta uma diminuição de 0,16% no consumo dos 118 municípios que atende. No pico, a perspectiva é de um corte de 3,16% na demanda de energia.
Se os percentuais divulgados pelas distribuidoras são próximos, no momento de representar a economia do consumo de energia com o horário de verão as comparações feitas pelas companhias são bem distintas. Enquanto a CEEE-D diz que corresponde a abater o consumo de uma cidade com cerca de 40 mil habitantes, como Osório, durante todo o período do horário de verão, a RGE afirma que a economia alcançará 4.570 MWh, volume suficiente para atender a uma cidade do porte de Passo Fundo, por três dias, e a RGE Sul aponta uma redução de 4.400 MWh, o que equivale ao consumo de um município como Canoas, por um dia.
Essa edição do horário de verão estendeu-se de 15 de outubro do ano passado até este fim de semana, durando 126 dias, porém o próximo será mais curto. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) solicitou ao presidente da República, Michel Temer, que em 2018 o horário de verão comece após o segundo turno das eleições. Tradicionalmente, os relógios eram adiantados no mês de outubro e agora o governo determinou que a medida valerá a partir do primeiro domingo de novembro até o terceiro domingo de fevereiro.
Apesar da pouca economia e da mudança que provoca no cotidiano das pessoas, o diretor de Distribuição da CEEE considera o horário de verão uma medida positiva e defende a manutenção da ação. Porém, Hofer admite que, devido ao encurtamento da duração da iniciativa, os próximos ganhos e economia de energia deverão ser menores ainda. Adotado no Brasil continuamente desde 1985, o horário de verão possui o objetivo de conscientizar a população em relação ao aproveitamento da luz natural, além de estimular o uso, de forma racional, de energia elétrica. Recentemente, devido à pouca economia de eletricidade que representa, o governo federal chegou a cogitar fazer uma enquete com a sociedade para definir ou não a sua realização. No entanto, como o tempo para se alcançar uma definição era curto, a decisão foi postergar essa discussão para uma outra ocasião.
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