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Bancos

- Publicada em 05 de Fevereiro de 2018 às 22:44

Octavio de Lazari Junior é o novo presidente do Bradesco

Lazari Junior (d), junto com Trabuco (e) e Lázaro de Mello Brandão (c)

Lazari Junior (d), junto com Trabuco (e) e Lázaro de Mello Brandão (c)


/AGE WERTHER SANTANA/AGÊNCIA ESTADO/JC
O Banco Bradesco anunciou, ontem, em fato relevante, um novo presidente. Octavio de Lazari Junior, que, hoje, comanda o Bradesco Seguros, será o substituto de Luiz Carlos Trabuco Cappi na diretoria executiva. Trabuco permanecerá na presidência do Conselho e continuará no cargo executivo até 12 de março, quando será realizada assembleia geral ordinária.
O Banco Bradesco anunciou, ontem, em fato relevante, um novo presidente. Octavio de Lazari Junior, que, hoje, comanda o Bradesco Seguros, será o substituto de Luiz Carlos Trabuco Cappi na diretoria executiva. Trabuco permanecerá na presidência do Conselho e continuará no cargo executivo até 12 de março, quando será realizada assembleia geral ordinária.
O processo de sucessão no segundo maior banco privado no País começou em outubro, quando Lázaro de Mello Brandão renunciou à presidência do Conselho de Administração do banco e Trabuco ascendeu à presidência do colegiado. Na época, o banco afirmou que o novo presidente viria dos quadros da instituição financeira.
O futuro presidente do Bradesco afirmou que o banco tem muitos desafios em termos de tecnologia e atendimento a quatro gerações diferentes. O Bradesco, segundo o executivo, foi sábio ao criar o Next com foco nos clientes mais jovens e ainda manter um atendimento digital para os demais correntistas, priorizando as necessidades de cada um.
O executivo disse, ainda, que há um desafio grande em termos de melhora de rentabilidade. "Com a queda dos juros, os spreads vão ser achatados. Para manter crescimento, teremos de ganhar escala", destacou ele.
Sobre o HSBC, o futuro presidente do Bradesco afirmou que o banco já obteve os ganhos em termos de corte de despesas e que, agora, o foco é aumento de receitas. "Temos de trabalhar o outro lado da moeda com o HSBC, que é o aumento de receitas", afirmou Lazari.
Ele disse, ainda, que o objetivo é incrementar e ganhar escala no banco. Segundo o executivo, não existe uma "bala de prata" em ganho de escala. O Bradesco, conforme o executivo, vai avaliar os segmentos em que não tem a liderança e tentar diminuir o espaço frente aos concorrentes.
Lazari Junior afirmou que o foco do banco é o Brasil, onde há muitas oportunidades para a instituição crescer. "A escala do banco é uma vantagem competitiva para crescermos no Brasil", disse ele. O executivo afirmou, também, que não há aquisições no radar e que a última oportunidade foi o HSBC. "Temos de deglutir e aproveitar a eficiência e as oportunidades do HSBC", reforçou ele.
Do lado do crédito, o novo presidente do Bradesco destacou que o volume de empréstimos já está melhor em meio à retomada das pessoas físicas. No caso das empresas, de acordo com ele, a demanda também voltará diante do cenário econômico atual, bem melhor que os últimos anos. O crescimento do crédito virá, conforme o executivo, em todas as linhas e no território nacional em geral. "Já estamos vendo reaquecimento no segmento imobiliário", exemplificou.
Um das ações de Lazari será a unificação da idade de 65 anos para todos os cargos de diretoria do banco. Há três idades distintas, inclusive, o limite de 67 anos para CEO do banco, que foi ampliado para a permanência do atual presidente no comando da instituição.

Executivo tem 40 anos de banco

Com 40 anos de Bradesco, Octavio de Lazari Junior será o quinto presidente na história do segundo maior banco privado do País. Além de cumprir os requisitos como um "Prata da Casa", o executivo confirma a tradição do banco de priorizar a operação de seguros da instituição, que responde por cerca de 30% do seu lucro. Lazari, inclusive, vai acumular a presidência da seguradora, que assumiu há quase um ano.
Ele estava entre os vice-presidentes do Bradesco com menos tempo de quarto andar, onde trabalha a alta cúpula da instituição, na Cidade de Deus, em São Paulo. Com 54 anos, terá mais de uma década para comandar o banco, uma vez que o limite para permanecer na presidência da instituição foi ampliado para 67 anos.
O executivo iniciou a carreira em 1978, com 15 anos de idade, como contínuo de uma agência na rua 12 de Outubro - rua de comércio popular em São Paulo. Abandonou o sonho de ser jogador de futebol - jogava no Palmeiras na época - para trabalhar naquela unidade, na qual seu pai era cliente e havia usado o relacionamento com o gerente para pleitear a vaga para o filho.
Em 1998, passou a atuar na área de crédito, na qual chegou a diretor, respondendo pelos segmentos corporate, pequenas e médias empresas, e varejo. Em 2010, foi promovido a diretor departamental, responsável pelo departamento de empréstimos e financiamentos, tendo, em 2012, alçado à diretoria executiva e, em 2017, a diretor executivo vice-presidente e diretor-presidente do Grupo Bradesco Seguros.
Lazari Junior é formado em Economia pela Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas de Osasco e tem especializações em Estratégias Financeiras e Marketing pela Fundação Instituto de Administração (FIA), em Gestão Financeira pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e em Estratégias em Finanças pela Fundação Dom Cabral.

Cassiano Scarpelli e Eurico Fabri são promovidos para vice-presidentes

Além da nomeação do novo presidente, o Bradesco anunciou outras alterações na diretoria. Em comunicado à imprensa sobre a sucessão de Luiz Carlos Trabuco Cappi, com a nomeação de Octavio de Lazari Junior à presidência, foram anunciados, também, Cassiano Ricardo Scarpelli e Eurico Ramos Fabri como vice-presidentes. Ambos eram diretores executivos.
Outra alteração é que passam a compor a diretoria executiva como adjuntos Glaucimar Peticov, diretora do Departamento de Recursos Humanos; e José Ramos Rocha Neto, do Departamento de Investimentos.
No conselho de administração, o membro Aurélio Conrado Boni solicitou renúncia ao cargo. Ainda no colegiado, foram indicados os vice-presidentes Alexandre da Silva Glüher, Domingos Figueiredo de Abreu, Josué Augusto Pancini e Maurício Machado de Minas.