O restabelecimento do voto impresso determinado pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, vai para no Senado e pode criar uma nova frente de atrito entre Legislativo e Judiciário. A Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ) acatou requerimento do senador gaúcho Lasier Martins (PSD) convocando uma audiência pública com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luiz Fux, para debater a segurança do sistema eletrônico de votação.
Legislação Eleitoral
O assunto, que estava limitado a uma avaliação técnica e a um debate jurídico sobre a constitucionalidade da legislação eleitoral, vai cair na conturbada esfera política quando reabrirem os trabalhos parlamentares, numa semana de grande efervescência no Congresso. Enquanto a Câmara estará às voltas com a reforma da Previdência, o Senado entrará de cabeça nesse tema igualmente polêmico. Lasier Martins acendeu um estopim. O que ainda não se sabe é quanta potência terá a bomba que está na outra ponta do rastilho.
Bases técnicas
O parlamentar gaúcho questionou a restrição da procuradora, porque sabe que não é tão complicado implementar a proposta da impressão. Ele tem formação profissional e larga experiência em equipamentos eletrônicos, pois é originário do rádio e da televisão. Por isso ele quer maiores esclarecimentos sobre as bases técnicas da decisão da procuradora, Raquel Dodge, pedindo a suspensão dos efeitos da lei que reintroduziu o comprovante impresso do voto do eleitor, como se fosse um bicho de sete cabeças. A matéria pode incendiar.
Comunismo nas Américas
O deputado federal gaúcho Onyx Lorenzoni (DEM) chama atenção para o "Foro de São Paulo" que reúne partidos de esquerda, comunistas, socialistas e afins, para implementar o comunismo na América Latina. Disse que, ao final dos anos 1990, "nós começamos a alertar, sobre o foro de São Paulo, muitos até riram, outros acharam que não tinha nada a ver. Os mais engajados negaram de maneira peremptória".
Estragos na América Latina
"Aí vêm Chaves, Maduro, Morales, Lula, Dilma, Kirchner; e o que nós temos hoje?", questiona Onyx. E responde: "a certeza de que o Foro de São Paulo continua a produzir os seus estragos na América Latina. E por que eu falo isso? Já são 43 mil venezuelanos apenas em Boa Vista. Fugindo da fome, fugindo da desesperança deste ditador chamado Maduro".