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Empresas & Negócios

- Publicada em 27 de Fevereiro de 2018 às 17:50

Franquias miram em fast-foods


FABIANO ACCORSI/DIVULGAÇÃO/JC
Adriana Lampert
O ramo de alimentação é um setor com grande potencial de mercado em todo o mundo; e, em especial, o segmento de fast-food tem se mostrado um dos mais promissores no Brasil. Nos últimos anos, cresceu mais de 10% (mesmo durante a crise). "Havendo retomada da economia nacional, a tendência é de que os negócios da área de alimentos progridam ainda mais", avalia um dos principais investidores e empresários brasileiros da atualidade. Conhecido por ter criado diversas companhias milionárias, Carlos Wizard Martins assinou, em janeiro, acordo de Master Franquia para as marcas Pizza Hut e KFC no Brasil.
O ramo de alimentação é um setor com grande potencial de mercado em todo o mundo; e, em especial, o segmento de fast-food tem se mostrado um dos mais promissores no Brasil. Nos últimos anos, cresceu mais de 10% (mesmo durante a crise). "Havendo retomada da economia nacional, a tendência é de que os negócios da área de alimentos progridam ainda mais", avalia um dos principais investidores e empresários brasileiros da atualidade. Conhecido por ter criado diversas companhias milionárias, Carlos Wizard Martins assinou, em janeiro, acordo de Master Franquia para as marcas Pizza Hut e KFC no Brasil.
Ambas são detidas pela Yum! Brands, a exemplo da rede de comida mexicana Taco Bell, adquirida por Martins em 2016 - e que, através do grupo Sforza, já responde por 20 unidades próprias no Brasil. "Entramos na segunda fase do projeto no País, com a expansão por meio de franquias", anuncia o empresário. Segundo ele, a ideia é abrir essas lojas ainda no primeiro semestre deste ano, "prioritariamente", no interior de São Paulo e na cidade do Rio de Janeiro. "A meta é atingir 100 unidades até o fim de 2018, sendo 25 próprias e 75 franquias." "As franquias estão no DNA da Sforza, então é natural que a expansão das marcas aconteça nesse modelo. A intenção é abrir 1,5 mil restaurantes em uma década, pelo modelo de franquias", comenta o investidor. Segundo ele, a longo prazo, o objetivo é atingir 150 unidades em 2019 e 200 até 2020.
Empresas & Negócios - A maior parte de sua trajetória no mundo dos negócios passou pelos setores de educação e esporte. Qual foi o critério para apostar neste novo investimento dentro do mercado de franquias?
Carlos Wizard Martins - O setor de fast-food tem uma média de crescimento de 12% ao ano no País, mesmo em um cenário econômico adverso. Ainda é cedo para falar sobre projeções de faturamento, mas é possível dizer que somos um grupo focado em expansão, e isso irá acontecer com as três redes do segmento. Somente adquirida há pouco mais de um ano, a Taco Bell já conta com 20 unidades próprias em pouco mais de um ano de atuação no Brasil, e entramos na segunda fase do projeto no País, com a expansão por meio de franquias. A ideia é abrir essas lojas novas (até agora, só duas estão funcionando) no primeiro semestre deste ano, sendo as primeiras 20 unidades franqueadas, prioritariamente, no interior de São Paulo e na cidade do Rio de Janeiro. A meta é atingir 100 unidades até o fim de 2018, sendo 25 próprias e 75 franquias.
Empresas & Negócios - A partir de quando passa a valer o acordo de gestão das marcas Pizza Hut e KFC, e quando ocorre o início da expansão de ambas? Quantas lojas estão sendo adquiridas? Haverá investimento em lojas próprias, paralelamente?
Martins - Com o acordo, a partir do próximo mês, nos tornamos master franqueadores das duas redes no Brasil. Adquirimos 14 unidades do KFC que pertenciam à Yum! Brands. Já a Pizza Hut conta com 180 unidades, todas franqueadas, em 24 estados, enquanto KFC tem atualmente 47 unidades, localizadas nos estados de Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Espírito Santo e Ceará, sendo 33 franquias e 14 lojas próprias.
Empresas & Negócios - Quanto foi o investimento da compra das duas empresas?
Martins - Os investimentos não foram divulgados, mas, a partir deles, passamos a ser responsáveis pela gestão das marcas, pelo relacionamento com os atuais franqueados e pela expansão das redes no território nacional por meio de unidades próprias e, principalmente, por franquias.
Empresas & Negócios - Como se deu o processo de aquisição das marcas? Alguma delas ligadas a fundo de investimento?
Martins - Há anos, tínhamos interesse em assumir a Pizza Hut, e essa vontade cresceu ainda mais com o sucesso que estamos tendo com a Taco Bell no Brasil. A partir de 2017, nos conhecendo melhor e acompanhando de perto o trabalho que desenvolvemos com o Taco Bell, a Yum! também começou a mostrar interesse em passar essas operações para a Sforza. Assim o negócio aconteceu. Quanto aos investimentos diretos, estão sendo feitos 100% pela Sforza, nosso Private Equity familiar. Porém já fomos procurados por fundos interessados em ter uma fatia desse mercado.
Empresas & Negócios - Em quais cidades brasileiras irão atuar as novas marcas? Quais as metas para os próximos anos, em termos de expansão, para ambas?
Martins - A intenção é investir R$ 60 milhões próximos cinco anos na abertura de 20 unidades próprias da rede KFC. Além disso, vamos investir mais R$ 75 milhões no mesmo período para a abertura de 35 lojas próprias da Pizza Hut. Somos um grupo expansionista e temos visão de médio e longo prazo para Pizza Hut, KFC e Taco Bell.
Empresas & Negócios - Considerando que as redes de franquias de alimentação irão atuar em diferentes estados, como manter o padrão de qualidade no atendimento, bem como dos produtos ofertados (e de seus fornecedores)?
Martins - Nossa missão é oferecer uma experiência igual em todas as nossas unidades, e esse é também um princípio importante de uma rede de franquias. O segredo para que isso aconteça está em uma cadeia de fornecimento bem desenvolvida. No caso de Taco Bell, desenvolvemos toda essa rede do zero no Brasil. Agora usaremos esse know how para as operações de Pizza Hut e KFC. Já estamos fazendo fortes investimentos na área de treinamento para garantir a qualidade no atendimento em todas as lojas.
Empresas & Negócios - Quais os desafios para quem trabalha no ramo de alimentação no Brasil?
Martins - O setor de franquias continuou crescendo, apesar do momento econômico que o Brasil vinha vivendo, e é responsável por 36% das 50 maiores redes no País. Esse desempenho se deve à demanda, que não diminui, mesmo em tempos de recessão, afinal as pessoas não deixam de se alimentar. Entretanto trata-se de um setor altamente competitivo, em que as exigências são muitas, principalmente por parte dos órgãos fiscalizadores. Existe uma série de procedimentos quanto à manipulação e manutenção de alimentos, por exemplo, que precisam ser seguidos à risca. Por isso atuar nesse setor não é um desafio simples. Mas acreditamos muito em seu potencial.
Empresas & Negócios - Como o sr. avalia o setor de alimentação no Brasil?
Martins - O setor de alimentação tem um grande potencial de crescimento. Mesmo com a crise severa nos últimos anos, o mercado continuou se desenvolvendo. O Brasil é um país com potencial gigantesco, e os empreendedores que estiverem bem alinhados irão conquistar grandes resultados aqui. No caso do setor de franquias, especialmente, há grande potencial. De acordo com dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF), a receita do setor em 2017 deve crescer 8% em relação a 2016, saltando de R$ 151,2 bilhões para cerca de R$ 163 bilhões. A projeção para este ano de 2018 é de ampliar o faturamento entre 9% e 10%. Há ainda muito espaço.
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