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Política

- Publicada em 30 de Janeiro de 2018 às 22:50

Apreensão de computadores no Jornal Já foi realizada sem ordem judicial

Lívia Araújo
A apreensão de três computadores e duas impressoras pertencentes ao Jornal Já, ocorrida na quarta-feira passada, foi realizada sem a ordem de recolhimento necessária para tal ação, relata o advogado da empresa, Eduardo Finardi.
A apreensão de três computadores e duas impressoras pertencentes ao Jornal Já, ocorrida na quarta-feira passada, foi realizada sem a ordem de recolhimento necessária para tal ação, relata o advogado da empresa, Eduardo Finardi.
Os equipamentos foram recolhidos em decorrência de uma dívida do jornal com o Banrisul, que chega ao valor de R$ 155 mil em valores atualizados. A empresa jornalística reconhece o débito com a instituição, mas questiona a apreensão dos equipamentos de trabalho.
Segundo Tiago Baltz, repórter do Já presente na redação durante a ação, uma oficial de Justiça acompanhada de um advogado terceirizado e um depositário do banco desligaram e levaram os computadores sem esperar pela chegada do editor-chefe, Elmar Bones, e sem o salvamento dos trabalhos abertos nos equipamentos.
Segundo Bones, o maior problema é com os arquivos contidos nos computadores. "Tem lá dentro um conteúdo, propriedade intelectual nossa. Estávamos trabalhando em uma edição. Todas as matérias, artigos, entrevistas estão lá dentro, e vários outros trabalhos, como edições de livros e revistas, em andamento", alerta o editor. "Isso foi levado sem que nos fosse permitido copiar. A edição impressa que estávamos fechando ainda não pôde sair", completou.
De acordo com o advogado, a apreensão dos equipamentos, avaliados em R$ 3.750,00 no auto de penhora, foi indevida. "Os computadores e impressoras são essenciais ao funcionamento do jornal e ao exercício da profissão do Elmar. A legislação processual tem dispositivos que dizem que (nessa situação) não se fará a penhora." Finardi também sustenta que "quando o valor dos bens não é suficiente para pagar as custas processuais, a penhora também não será feita".
A surpresa, no entanto, ocorreu quando o advogado foi pedir, na Justiça, a impugnação do recolhimento dos computadores e impressoras. "A juíza nos informou que a oficial de Justiça havia pedido a ordem de recolhimento, mas não houve manifestação da Justiça sobre essa ordem", explica.
Por fim, a Justiça emitiu uma liminar, na sexta-feira, ordenando a devolução dos equipamentos, porque não havia determinação judicial para a coleta realizada, informação confirmada pela assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça (TJ).
Até o fechamento desta edição, a equipe do Jornal Já ainda aguardava a devolução dos equipamentos levados pela Justiça, pré-agendada para a tarde desta terça-feira.
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