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Operação Lava Jato

- Publicada em 23 de Janeiro de 2018 às 16:12

Dilma defende inocência de Lula e diz que ex-presidente sofre 'perseguição política'

Em carro de som durante ato, a ex-presidente criticou a sentença do juiz federal Sérgio Moro contra Lula

Em carro de som durante ato, a ex-presidente criticou a sentença do juiz federal Sérgio Moro contra Lula


CACO ARGEMI/ALRS/JC
Em um ato de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), realizado na manhã desta terça-feira (23) em Porto Alegre, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) disse que o antecessor sofre uma “perseguição política” e está sendo condenado “mesmo sendo inocente”. "Outros (candidatos) com gravações e malas de dinheiro estão protegidos e podem disputar as eleições", declarou Dilma, sem citar nomes.
Em um ato de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), realizado na manhã desta terça-feira (23) em Porto Alegre, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) disse que o antecessor sofre uma “perseguição política” e está sendo condenado “mesmo sendo inocente”. "Outros (candidatos) com gravações e malas de dinheiro estão protegidos e podem disputar as eleições", declarou Dilma, sem citar nomes.
Falando sobre um carro de som, em frente à Assembleia Legislativa gaúcha, a ex-presidente ainda criticou a sentença do juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, que condenou Lula a nove anos e seis meses de prisão e defendeu a tese de que o processo contra o ex-presidente é uma tentativa de tirá-lo da disputa eleitoral de outubro. Segundo Dilma, o impeachment sofrido por ela provocou um "caos institucional" no País e o desentendimento entre os poderes da República e o Ministério Público.
As declarações de Dilma foram dadas durante o Encontro de Mulheres pela Democracia, evento que reuniu mulheres da linha de frente do PT e aliados, como as senadoras Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do partido, e Fátima Bezerra (PT-RN), e as deputadas federais Maria do Rosário (PT-RS) e Alice Portugal (PCdoB-BA), além da deputada estadual gaúcha Manuela D’Ávila (PCdoB).
Inicialmente prevista para acontecer na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, a atividade foi transferida para o exterior do prédio, na Praça da Matriz, após mais de duas horas sem energia no Legislativo. O evento faz parte da agenda dos militantes pró-Lula, que tem atividades durante todo o dia desta terça e da quarta-feira (24), data do julgamento do ex-presidente pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

Jaques Wagner admite que Lula pode não se candidatar à presidência

Depois dos discursos e na dispersão da militância, o ex-governador da Bahia e ex-ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner (PT), admitiu que Lula pode não ser candidato ao Palácio do Planalto nas eleições de outubro. Wagner é apontado, junto ao ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, como uma das alternativas do partido caso a candidatura do ex-presidente se inviabilize.
O político manteve o discurso da sigla de que “não há outra opção que não seja Lula” e disse que pretende ser candidato ao Senado por seu estado, mas ponderou que há possibilidade de ocorrer uma “substituição emergencial” se Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indeferir o registro da candidatura do ex-presidente.
“Na Bahia, já aconteceu de o candidato a governador morrer em um acidente de helicóptero (Clériston Andrade, do PDS, hoje PP, em 1982) e ter que ser substituído. Isso pode acontecer em caso de doença também. Para nós, a doença, nesse caso, seria a retirada do Lula. Se houver uma decisão transitada em julgado que o impeça de concorrer, aí precisa de alguém para substituir”, ponderou o ex-governador da Bahia.
Mesmo assim, Wagner refutou o estigma de “plano B” do PT para disputar a presidência. “Quando se tem um plano B, parece desdenhar do A. Outra pessoa se candidatar significaria que a candidatura do Lula não aconteceu, e isso nenhum de nós quer”, afirmou, dizendo que, neste momento, “prefere que a porteira (oportunidade de ser candidato) fique fechada”.