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Política

- Publicada em 09 de Janeiro de 2018 às 22:26

Saída do PSDB pode afetar privatização de estatais

Lemos (C) tem articulado com deputados aprovação das PECs que retiram obrigatoriedade de plebiscito

Lemos (C) tem articulado com deputados aprovação das PECs que retiram obrigatoriedade de plebiscito


GUERREIRO/AGÊNCIA ALRS/JC
Marcus Meneghetti
Ao anunciar a saída do PSDB do governo José Ivo Sartori (PMDB), no dia 20 de dezembro de 2017, o presidente estadual dos tucanos, Eduardo Leite, estabeleceu o prazo de até 30 dias para que os filiados deixem os cargos no Executivo - sobretudo, na Secretaria Estadual de Minas e Energia, cujo titular é Artur Lemos (PSDB). A saída do secretário pode prejudicar a privatização da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), da Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás) e da Companhia Riograndense de Mineração (CRM), visto que Lemos tem sido o principal articulador da alienação das estatais.
Ao anunciar a saída do PSDB do governo José Ivo Sartori (PMDB), no dia 20 de dezembro de 2017, o presidente estadual dos tucanos, Eduardo Leite, estabeleceu o prazo de até 30 dias para que os filiados deixem os cargos no Executivo - sobretudo, na Secretaria Estadual de Minas e Energia, cujo titular é Artur Lemos (PSDB). A saída do secretário pode prejudicar a privatização da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), da Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás) e da Companhia Riograndense de Mineração (CRM), visto que Lemos tem sido o principal articulador da alienação das estatais.
O titular de Minas e Energia deve se reunir com Sartori amanhã para definir sua situação frente à pasta. Lemos admite que sua saída pode prejudicar os planos do Palácio Piratini de privatizar as três estatais. "Pode ser que tenha prejuízo (nas articulações em prol da alienação da CEEE, da Sulgás e da CRM), mas certamente o governo vai indicar outro nome competente para continuar o trabalho. Além disso, posso transmitir o conhecimento que adquiri sobre a importância de privatizar essas estatais", avaliou o titular da pasta de Minas e Energia.
Lemos é um dos membros do primeiro escalão que mais frequenta a Assembleia Legislativa: toda vez que projetos do Executivo relacionados à sua secretaria entram na pauta do Parlamento, o tucano visita o plenário para dialogar pessoalmente com os deputados estaduais. 
Ele tem apresentado à base aliada dados sobre CEEE, Sulgás e CRM, na tentativa de convencer os parlamentares a votarem a favor das três Propostas de Emenda à Constituição (PECs) que retiram a obrigatoriedade de plebiscito para privatizar cada uma das companhias. Mesmo assim, o Piratini não tem conseguido reunir os 33 votos necessários para aprovar as PECs. 
"É difícil conseguir os votos para as PECs, porque precisamos de maioria qualificada (33 votos, em dois turnos de votação). Mas mais difícil vai ser a situação da CEEE nos próximos anos, caso o governo não ingresse no Regime de Recuperação Fiscal (RRF)", analisou Lemos - lembrando que uma das exigências para o Estado aderir ao RRF é justamente a venda das três estatais.
No cenário atual, o governo está mais perto de aprovar a entrada no RRF do que as PECs do plebiscito. Caso o Piratini consiga a aprovação apenas do RRF, sendo derrotado nas PECs, o secretário prevê dificuldades maiores ao Estado. "Esse cenário nos daria acesso a poucos recursos do RRF. Teríamos acesso apenas ao período de carência no pagamento da dívida (três anos). Isso tende a agonizar ainda mais a situação do Estado", projetou.
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