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Política

- Publicada em 03 de Janeiro de 2018 às 17:30

Ministro da Indústria pede demissão a Temer

O governo Michel Temer (PMDB) teve a terceira baixa de ministro em menos de um mês. O comandante do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira (PRB), se desligou da pasta nesta quarta-feira. Antes dele, também deixaram a Esplanada Ronaldo Nogueira (PTB), do Ministério do Trabalho, e Antônio Imbassahy (PSDB), da Secretaria do Governo.
O governo Michel Temer (PMDB) teve a terceira baixa de ministro em menos de um mês. O comandante do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira (PRB), se desligou da pasta nesta quarta-feira. Antes dele, também deixaram a Esplanada Ronaldo Nogueira (PTB), do Ministério do Trabalho, e Antônio Imbassahy (PSDB), da Secretaria do Governo.
Segundo fontes do Planalto, Pereira enviou uma carta ao presidente da República para solicitar o seu afastamento do cargo por questões pessoais e partidárias. Prometeu, entretanto, que ele e seu partido continuarão comprometidos com as reformas.
"Senhor presidente, agradeço imensamente a confiança e fico lisonjeado pelo convite para continuar no cargo até 31 de dezembro, porém preciso deixar o ministério para poder me dedicar a questões pessoais e partidárias", disse o ministro na carta enviada ontem ao presidente Temer. "Eu e meu partido, PRB, apoiamos as reformas e continuaremos apoiando tudo aquilo que for bom para o País."
À tarde, o ministro publicou a carta enviada ao presidente Michel Temer em sua página no Facebook. Nela, disse que foi para o governo contra vontade de alguns conselheiros. Disse que a opinião pública era de que um pastor não teria condições de exercer a função, "mas avanços nesses 20 meses de trabalho incansáveis provaram que o problema do Brasil não é a fé das pessoas públicas, que é de foro íntimo, mas a vontade de cada um para servir e realizar".
Ele fez um apanhado dos seus feitos à frente da pasta. Disse que reposicionou a imagem do Brasil no exterior. Esteve em 15 países em todos os eventos econômicos relevantes. Renovou o acordo bilateral automotivo com Argentina. Criou fórum permanente de discussão com ministros de comércio exterior do Mercosul. E colocou para funcionar o módulo de exportação do portal único do começo exterior. E ainda teve 1.500 audiências com empresários.
"Não há emprego sem empresas fortes, bem tratadas, que possam continuar gerando riquezas. Se o Estado não atrapalhar, já ajuda. E o melhor programa social é o emprego", disse o ministro, que admite que não conseguiu fazer uma política industrial para o setor automotivo.
"Assumimos o governo falido, despedaçado, com todos os índices econômicos negativos e sem perspectiva de melhora a vista. Com coragem, enfrentamos os desafios que foram impostos e hoje podemos observar um País que encontrou curso novamente, apesar das dificuldades políticas." O pedido de demissão veio no mesmo dia da divulgação dos dados da balança comercial. Os números foram comemorados pelo ministro.
"A balança comercial bateu dois recorde seguidos em 2016 e 2017 com saldos de US$ 47 bilhões e US$ 67 bilhões, respectivamente", frisou. "A indústria está retomando a capacidade instalada de produzir, gerando novos empregos e investimentos."
O ministro ressaltou que não fez grandes mudanças estruturais na pasta para acomodar aliados. Disse que priorizou os "bravos servidores".
Pereira é um dos ministros investigados na Operação Lava Jato. O dono da JBS, Joesley Batista, disse em sua delação que pagou R$ 6 milhões ao pastor e ao seu partido. O acordo teria sido intermediado por um dos vice-presidentes da Caixa Federal em troca da liberação de empréstimo no banco.
 
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